nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Descrição taxonômica e importância ecológica
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
Informações sobre descrição taxonômica e importância ecológica de 337 espécies de flora brasileira da região sul e da região centro - oeste obtidas dos livros "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul" e "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste" publicados em 2011 e 2016 respectivamente. Esses livros são uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente em parceria com universidades e centros de pesquisa. A Iniciativa Plantas para o futuro visa fundamentalmente a identificação de espécies nativas da flora brasileira que possam ser utilizadas como novas opções para a agricultura familiar na diversificação dos seus cultivos, ampliação das oportunidades de investimento pelo setor empresarial no desenvolvimento de novos produtos e na melhoria e redução da vulnerabilidade do sistema alimentar brasileiro. Disponíveis no link: https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/54-agrobiodiversidade.html?download=1426:espécies-nativas-da-flora-brasileira-de-valor-econômico-atual-ou-potencial-–-plantas-para-o-futuro-–-região-centro-oeste https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf
Data de submissão
2019-11-14
Última atualização
2020-01-21
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Not provided
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14 Número de táxons

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Acrocomia aculeata
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.
Xodó
 
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Acrocomia glaucescens
Acrocomia glaucescens Lorenzi
 
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Acrocomia hassleri
Acrocomia hassleri (Barb.Rodr.) W.J.Hahn
 
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Acrocomia totai
Acrocomia totai Mart.
 
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Butia capitata
Butia capitata (Mart.) Becc.
Coco-Cabeçudo
 
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Butia catarinensis
Butia catarinensis Noblick & Lorenzi
 
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Butia eriospatha
Butia eriospatha (Mart. ex Drude) Becc.
Butiá-Da-Serra
 
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Butia purpurascens
Butia purpurascens Glassman
Palmeira-Jataí
 
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Euterpe edulis
Euterpe edulis Mart.
Juçara
 
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Geonoma gamiova
Geonoma gamiova Barb.Rodr.
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Descricão taxonômica Importância ecológica Fonte das informações
Acrocomia aculeata Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Xodó
É uma palmeira caulescente, cujo estipe é solitário e pode alcançar cerca de 14 a 20 metros de altura com 20 a 30 cm de diâmetro (Henderson et al., 1995). Apresenta-se revestido pelas bases dos pecíolos e contém muitos espinhos, que são as principais características dessa espécie (Lorenzi, 1992; Tassaro, 1996). As folhas são pinadas e inseridas em diferentes planos na raque, proporcionando aspecto plumoso à copa da árvore (Lorenzi, 2006). As inflorescências são interfoliares de coloração amarelada e inicialmente, são encobertas pela espata que pode chegar até dois metros de comprimento. As flores femininas são sésseis e ocorrem na base da raque, enquanto que as masculinas situam-se no ápice e possuem uma coloração amarelo-clara. Os frutos são do tipo drupa, com diâmetro que pode variar de 2,5 a 5,0 cm. O pericarpo rompe-se facilmente quando maduro. O mesocarpo é fibroso, mucilaginoso, rico em glicerídeos e de coloração amarela ou esbranquiçada. O endocarpo é esclerificado podendo conter de 1 a 3 sementes oleaginosas (Bondar, 1964; Henderson et al., 1995; Silva, 2007).
A macaubeira da espécie A. aculeata se distribuem naturalmente de forma isolada ou formando aglomerados com densidades variadas denominados de maciços. O gado atua como o principal dispersor e contribui fortemente para manter a taxa recrutamento elevada, ao se alimentar da polpa dos frutos e regurgitando ou expelindo junto com as fezes os endocarpos contendo as amêndoas, ao mesmo tempo que contribuem com a semeadura enterrando os endocarpos pelo pisoteio. A polinização da espécie é realizada por besouros, sendo o vento um fator secundário de polinização. Os principais polinizadores são Andranthobius sp. (Curculionidae), Mystrops sp. (Nitidulidae) e Cyclocephala forsteri (Scarabaeidae). Segundo Scariot et al. (1991), o fato da macaúba ser propagada por insetos e pelo vento, aliado a um sistema reprodutivo flexível, uma vez que pode haver fecundação cruzada e autopolinização, sugere que a espécie pode ter sucesso na colonização de novas áreas. A quantidade de flores femininas em relação às masculinas e o tamanho das inflorescências é influenciada pelas condições edafoclimáticas durante o período da ontogênese e da diferenciação floral. Deficiências hídricas e nutricionais durante a fase fenológica, podem reduzir o tamanho da inflorescência e aumentar o número de flores masculinas. Em A. aculeata ocorre a protandria, ou seja, as flores masculinas abrem-se em torno de 20 a 30 horas antes das flores femininas, o que pode impedir a autofecundação entre flores da mesma inflorescência, mas não impede a autofecundação entre flores de diferentes inflorescências da mesma planta (geitonogamia) ou a fecundação cruzada entre plantas. De acordo com Nucci (2007), a macaúba tem um sistema de reprodução misto e destaca que nos locais onde são encontrados os indivíduos de macaúba existem bancos de sementes importantes para o fluxo gênico temporal. A autora constatou que em locais onde as populações estão muito fragmentadas e isoladas, ocorre maior taxa de endogamia confirmando que a planta é monoica e autocompatível, realizando autofecundação e/ou cruzamentos entre indivíduos aparentados. Já em locais onde as populações estão menos isoladas, ocorre endogamia, mas prevalece a fecundação cruzada entre indivíduos diferentes, favorecendo o fluxo gênico e aumentando a variabilidade da população. Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, as inflorescências da A. aculeata se expõem de setembro a dezembro enquanto as primeiras espatas surgem de julho a setembro. A taxa de vingamento de flores é afetada pela disponibilidade de polinizadores e pela ocorrência de chuvas durante o período de antese (período de abertura e receptividade das flores femininas). Chuvas durante a antese reduzem a taxa de vingamento. O período de carpogênese (compreendido entre a antese e a maturação dos frutos) da A. aculeata é bastante variável. Nas regiões mais quentes está em torno de 12 meses, chegando a 16 meses no sul de Minas Gerais, onde geralmente, ocorrem geadas e as temperaturas mínimas noturnas ficam abaixo de 10ºC durante os meses de maio, junho, julho e agosto. Há variação no rendimento de óleo em relação às espécies. Estudos realizados por Conceição et al. (2012) e Antoniassi et al. (2012), verificou que o conteúdo de óleo na polpa e na amêndoa varia com a espécie, sendo a A. aculeata a de maior teor de óleo na polpa. Esses teores variam também entre plantas e entre populações de A. aculeata.
Junqueira, N.T.V.; Favaro, S.P.; Braga, M.F.; Conceição, L.D.H.C.S.; AntoniassiI, R.; Ciconini, G.; da Silva, D.B. <em>Acrocomia spp</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 119-137. Luis, Z.G. <em> Acrocomia aculeata</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 899-905.
Acrocomia glaucescens Acrocomia glaucescens Lorenzi
A palmeira macaúba possui tronco ereto do tipo “estipe”, geralmente cilíndrico, com diâmetro variando de acordo com a espécie e posição no estipe, podendo atingir até 20 metros em altura. Possui cicatrizes foliares anuais, distanciadas entre si em quase toda a extensão do tronco; o ápice é coroado por folhas alongadas, crespas e simuladas, com 2 a 5 metros de comprimento. As inflorescências, de coloração amarelada, são agrupadas em cachos pendentes com comprimentos variáveis, do tipo espádice. As flores são unissexuais e o conjunto é envolvido por uma grande bráctea denominada espata, cujo comprimento varia entre as espécies. Dentro da mesma espécie, o tamanho da espata e da inflorescência é influenciado por variações genéticas e ecofisiológicas por força das condições edafoclimáticas. Em uma mesma inflorescência são encontradas tanto flores femininas quanto masculinas. As femininas estão posicionadas na base das espiquetas e as masculinas na parte superior. Os frutos são esféricos ou ligeiramente achatados, em forma de drupa globosa. Quando maduro, a casca ou epicarpo do fruto é dura e quebradiça, com coloração variando com a espécie; a polpa ou mesocarpo é fibrosa e mucilaginosa, de sabor adocicado, comestível, rica em glicerídeos, de coloração amarela, esbranquiçada, ou laranja; o endocarpo é fortemente aderido à polpa fibrosa, com uma parede óssea enegrecida; a amêndoa ou caroço é oleaginosa, comestível, revestida de uma fina camada de tegumento; o sistema radicular é profundo e bastante desenvolvido.
O gado atua como o principal dispersor e contribui fortemente para manter a taxa recrutamento elevada, ao se alimentar da polpa dos frutos e regurgitando ou expelindo junto com as fezes os endocarpos contendo as amêndoas, ao mesmo tempo que contribuem com a semeadura enterrando os endocarpos pelo pisoteio. A polinização da espécie é realizada por besouros, sendo o vento um fator secundário de polinização. Os principais polinizadores são Andranthobius sp. (Curculionidae), Mystrops sp. (Nitidulidae) e Cyclocephala forsteri(Scarabaeidae). Segundo Scariot et al. (1991), o fato da macaúba ser propagada por insetos e pelo vento, aliado a um sistema reprodutivo flexível, uma vez que pode haver fecundação cruzada e autopolinização, sugere que a espécie pode ter sucesso na colonização de novas áreas. A quantidade de flores femininas em relação às masculinas e o tamanho das inflorescências é influenciada pelas condições edafoclimáticas durante o período da ontogênese e da diferenciação floral. Deficiências hídricas e nutricionais durante a fase fenológica, podem reduzir o tamanho da inflorescência e aumentar o número de flores masculinas. De acordo com Nucci (2007), a macaúba tem um sistema de reprodução misto e destaca que nos locais onde são encontrados os indivíduos de macaúba existem bancos de sementes importantes para o fluxo gênico temporal. A autora constatou que em locais onde as populações estão muito fragmentadas e isoladas, ocorre maior taxa de endogamia confirmando que a planta é monoica e autocompatível, realizando autofecundação e/ou cruzamentos entre indivíduos aparentados. Já em locais onde as populações estão menos isoladas, ocorre endogamia, mas prevalece a fecundação cruzada entre indivíduos diferentes, favorecendo o fluxo gênico e aumentando a variabilidade da população.
Junqueira, N.T.V.; Favaro, S.P.; Braga, M.F.; Conceição, L.D.H.C.S.; Antoniassi, R.; Ciconini, G.; da Silva, D.B. <em>Acrocomia spp</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 119-137.
Acrocomia hassleri Acrocomia hassleri (Barb.Rodr.) W.J.Hahn
A palmeira macaúba possui tronco ereto do tipo “estipe”, geralmente cilíndrico, com diâmetro variando de acordo com a espécie e posição no estipe, podendo atingir até 20 metros em altura. Possui cicatrizes foliares anuais, distanciadas entre si em quase toda a extensão do tronco; o ápice é coroado por folhas alongadas, crespas e simuladas, com 2 a 5 metros de comprimento. As inflorescências, de coloração amarelada, são agrupadas em cachos pendentes com comprimentos variáveis, do tipo espádice. As flores são unissexuais e o conjunto é envolvido por uma grande bráctea denominada espata, cujo comprimento varia entre as espécies. Dentro da mesma espécie, o tamanho da espata e da inflorescência é influenciado por variações genéticas e ecofisiológicas por força das condições edafoclimáticas. Em uma mesma inflorescência são encontradas tanto flores femininas quanto masculinas. As femininas estão posicionadas na base das espiquetas e as masculinas na parte superior. Os frutos são esféricos ou ligeiramente achatados, em forma de drupa globosa. Quando maduro, a casca ou epicarpo do fruto é dura e quebradiça, com coloração variando com a espécie; a polpa ou mesocarpo é fibrosa e mucilaginosa, de sabor adocicado, comestível, rica em glicerídeos, de coloração amarela, esbranquiçada, ou laranja; o endocarpo é fortemente aderido à polpa fibrosa, com uma parede óssea enegrecida; a amêndoa ou caroço é oleaginosa, comestível, revestida de uma fina camada de tegumento; o sistema radicular é profundo e bastante desenvolvido.
O gado atua como o principal dispersor e contribui fortemente para manter a taxa recrutamento elevada, ao se alimentar da polpa dos frutos e regurgitando ou expelindo junto com as fezes os endocarpos contendo as amêndoas, ao mesmo tempo que contribuem com a semeadura enterrando os endocarpos pelo pisoteio. A polinização da espécie é realizada por besouros, sendo o vento um fator secundário de polinização. Os principais polinizadores são Andranthobius sp. (Curculionidae), Mystrops sp. (Nitidulidae) e Cyclocephala forsteri(Scarabaeidae). Segundo Scariot et al. (1991), o fato da macaúba ser propagada por insetos e pelo vento, aliado a um sistema reprodutivo flexível, uma vez que pode haver fecundação cruzada e autopolinização, sugere que a espécie pode ter sucesso na colonização de novas áreas. A quantidade de flores femininas em relação às masculinas e o tamanho das inflorescências é influenciada pelas condições edafoclimáticas durante o período da ontogênese e da diferenciação floral. Deficiências hídricas e nutricionais durante a fase fenológica, podem reduzir o tamanho da inflorescência e aumentar o número de flores masculinas. De acordo com Nucci (2007), a macaúba tem um sistema de reprodução misto e destaca que nos locais onde são encontrados os indivíduos de macaúba existem bancos de sementes importantes para o fluxo gênico temporal. A autora constatou que em locais onde as populações estão muito fragmentadas e isoladas, ocorre maior taxa de endogamia confirmando que a planta é monoica e autocompatível, realizando autofecundação e/ou cruzamentos entre indivíduos aparentados. Já em locais onde as populações estão menos isoladas, ocorre endogamia, mas prevalece a fecundação cruzada entre indivíduos diferentes, favorecendo o fluxo gênico e aumentando a variabilidade da população.
Junqueira, N.T.V.; Favaro, S.P.; Braga, M.F.; Conceição, L.D.H.C.S.; Antoniassi, R.; Ciconini, G.; da Silva, D.B. <em>Acrocomia spp</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 119-137.
Acrocomia totai Acrocomia totai Mart.
A palmeira macaúba possui tronco ereto do tipo “estipe”, geralmente cilíndrico, com diâmetro variando de acordo com a espécie e posição no estipe, podendo atingir até 20 metros em altura. Possui cicatrizes foliares anuais, distanciadas entre si em quase toda a extensão do tronco; o ápice é coroado por folhas alongadas, crespas e simuladas, com 2 a 5 metros de comprimento. A espécie<em>A. totai</em> tem a bainha, o pecíolo e a ráquis cobertos por espinhos escuros agudos e resistentes; a copa é rala e aberta, com o arqueamento das folhas inferiores; os folíolos são longo-acuminados, flexíveis e verdes; as flores são monoicas, de coloração amarelo-claras. As inflorescências, de coloração amarelada, são agrupadas em cachos pendentes com comprimentos variáveis, do tipo espádice. As flores são unissexuais e o conjunto é envolvido por uma grande bráctea denominada espata, cujo comprimento varia entre as espécies. Dentro da mesma espécie, o tamanho da espata e da inflorescência é influenciado por variações genéticas e ecofisiológicas por força das condições edafoclimáticas. Em uma mesma inflorescência são encontradas tanto flores femininas quanto masculinas. As femininas estão posicionadas na base das espiquetas e as masculinas na parte superior. Os frutos são esféricos ou ligeiramente achatados, em forma de drupa globosa. Quando maduro, a casca ou epicarpo do fruto é dura e quebradiça, com coloração variando com a espécie, sendo verdes em <em>A. totai</em>; a polpa ou mesocarpo é fibrosa e mucilaginosa, de sabor adocicado, comestível, rica em glicerídeos, de coloração amarela, esbranquiçada, ou laranja; o endocarpo é fortemente aderido à polpa fibrosa, com uma parede óssea enegrecida; a amêndoa ou caroço é oleaginosa, comestível, revestida de uma fina camada de tegumento; o sistema radicular é profundo e bastante desenvolvido.
A macaubeira da espécie A. totai se distribuem naturalmente de forma isolada ou formando aglomerados com densidades variadas denominados de maciços. O gado atua como o principal dispersor e contribui fortemente para manter a taxa recrutamento elevada, ao se alimentar da polpa dos frutos e regurgitando ou expelindo junto com as fezes os endocarpos contendo as amêndoas, ao mesmo tempo que contribuem com a semeadura enterrando os endocarpos pelo pisoteio. A polinização da espécie é realizada por besouros, sendo o vento um fator secundário de polinização. Os principais polinizadores são Andranthobius sp. (Curculionidae), Mystrops sp. (Nitidulidae) e Cyclocephala forsteri (Scarabaeidae). Segundo Scariot et al. (1991), o fato da macaúba ser propagada por insetos e pelo vento, aliado a um sistema reprodutivo flexível, uma vez que pode haver fecundação cruzada e autopolinização, sugere que a espécie pode ter sucesso na colonização de novas áreas. A quantidade de flores femininas em relação às masculinas e o tamanho das inflorescências é influenciada pelas condições edafoclimáticas durante o período da ontogênese e da diferenciação floral. Deficiências hídricas e nutricionais durante a fase fenológica, podem reduzir o tamanho da inflorescência e aumentar o número de flores masculinas. De acordo com Nucci (2007), a macaúba tem um sistema de reprodução misto e destaca que nos locais onde são encontrados os indivíduos de macaúba existem bancos de sementes importantes para o fluxo gênico temporal. A autora constatou que em locais onde as populações estão muito fragmentadas e isoladas, ocorre maior taxa de endogamia confirmando que a planta é monoica e autocompatível, realizando autofecundação e/ou cruzamentos entre indivíduos aparentados. Já em locais onde as populações estão menos isoladas, ocorre endogamia, mas prevalece a fecundação cruzada entre indivíduos diferentes, favorecendo o fluxo gênico e aumentando a variabilidade da população.
Junqueira, N.T.V.; Favaro, S.P.; Braga, M.F.; Conceição, L.D.H.C.S.; Antoniassi, R.; Ciconini, G.; da Silva, D.B. <em>Acrocomia spp</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 119-137.
Butia capitata Butia capitata (Mart.) Becc. Coco-Cabeçudo
É uma palmeira de estipe simples, caule solitário ereto, comumente de 1 a 5 metros de altura, recoberto por resquícios de bainhas foliares. Possui folhas pinadas, pecíolo com margem denteada (Martins, 2012). A inflorescência é protegida por uma espata lenhosa, sendo esta formada por pedúnculo de 35-60cm de comprimento, um eixo central (raque) com 37-144cm de comprimento e ramificações laterais (ráquilas), nas quais estão inseridas flores unissexuais, pistiladas de coloração amarela-esbranquiçada, medindo aproximadamente 8mm de comprimento e 6mm de largura (Lorenzi et al., 2004; Martins et al., 2010). A abertura da espata realiza-se do meio para as extremidades através de uma fenda ventral mediana. Esta abertura expõe as flores estaminadas amarelas, dispostas espiraladamente em tríades e principalmente em díades e solitárias na porção distal da ráquila, com cerca de 7mm de comprimento e 6mm de largura. As flores masculinas apresentam seis estames, com anteras dorsifixas e deiscência rimosa, na região central da flor evidencia um gineceu atrofiado. As flores femininas são actinomorfas, dialissépalas e dialipétalas, com três sépalas e três pétalas cobrindo quase completamente o pistilo, ambas de cor amarelada no botão jovem e verde na flor em antese e ovário súpero. O fruto é caracterizado como oblongo, formados por epicarpo amarelado ou alaranjado, mesocarpo carnoso e fibroso e endocarpo duro e denso com três poros germinativos, semelhante à quantidade de sementes do fruto, que pode ser de uma a três (Henderson et al., 1995; Marcato; Pirani, 2006; Lorenzi et al., 2010).
O gênero Butia é monoico, isto é, as flores femininas e masculinas ocorrem na mesma planta (Dransfield et al., 2008). Trata-se de uma planta cujas sementes demoram longo tempo para germinar; o crescimento das plantas é lento, levando entre oito e dez anos para atingir a maturidade sexual e reprodutiva. A floração ocorre no período de primavera e verão, com pico em novembro e dezembro; os frutos estão maduros de novembro a maio, com pico em fevereiro, com produção de uma a seis infrutescências por planta; a oferta de frutos ocorre por sete meses (Rosa et al., 1998).
Martins, R.C.; Agostini-Costa, T.S.; , P.; Filgueiras, T.S. <em>Butia capitata</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 162-171.Nogueira, G.F.; Luis, Z.G.; Silva, R.C.. <em>Butia capitata</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 945-951.
Butia catarinensis Butia catarinensis Noblick & Lorenzi
É uma palmeira de 3 a 5m de altura, com folhas de 1 a 2m ou mais, ascendentes e em cima arqueadas, levemente azuladas ou glaucas ao menos na face inferior; pecíolo robusto com base até 8cm ou mais de largura e guarnecido com muitos dentes fortes ou espinhos aduncos até 4cm de comprimento, pinas firmes, na maioria iguais e singelamente espaçadas na ráquis, que é arredondada por baixo e largamente sulcada por cima; os folíolos principais até 20mm ou mais de largura e 70cm ou mais de comprimento, com ápice bilobado. Espádices acima do pedúnculo, este com 75cm ou mais de comprimento, glabro, com muitos ramos densamente floridos, ocroleucos ou esverdeados; brácteas protegendo as flores masculinas não conspicuamente divaricado- pontuadas, botões estaminados no período da antese, na maioria largos (cerca de 4 a 6mm de altura), angulados mas não contortos ou curvos, algo triangulares, proeminentemente multinervados; flores femininas com 7 a 10mm de comprimento. Fruto largamente cônico a depresso-globoso, não excedendo muito 20mm de comprimento axial e, muitas vezes, 3 a 5mm mais largo do que isso; caroço quase globular, cerca de 13mm de altura, poros proeminentes, com 1-3 compartimentos. Os frutos são perfumados e comestíveis, de agradável sabor, exceto os ácidos (Reitz, 1974).
As sementes apresentam melhor taxa de germinação se semeadas logo após a coleta e posterior despolpamento. Podem ser plantadas em substrato bastante arenoso colocado em sacos plásticos pretos ou potes, levando de 3 a 6 meses para germinar, dependendo muito da temperatura sob a qual as sementes estão submetidas, sendo que temperaturas em torno de 50°C reduzem o tempo de germinação. Segundo Garcia (1997), deve ser plantada a pleno sol, com espaçamento de 4m x 4m, em solos férteis, úmidos, porém bem drenados. Embora prefira solos arenosos, tolera qualquer tipo de solo, inclusive alcalinos e argilosos, onde também apresenta bom crescimento. É planta bastante rústica, resistindo bem aos ventos fortes, às estiagens e mesmo à salinidade. Pode viver de 180 a 240 anos. Mesmo nos butiazais naturais, onde os butiazeiros se encontram em altas densidades, não há registros de ataques de pragas.
Bourscheid, K. <em>Butia catarinensis</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 151-155. Wiesbauer, M.B.; Krob, A. <em>Butia catarinensis</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 256-261.
Butia eriospatha Butia eriospatha (Mart. ex Drude) Becc. Butiá-Da-Serra
Segundo a descrição de Reitz (1974), o butiá-da-serra é uma palmeira com estipe de 3-6m que, com a idade, fica nu, permanecendo os pecíolos velhos formando um cabeço abaixo da coroa; folhas ascendentes, depois fortemente incurvo-descendentes no terço superior em forma de anzol, glaucas ou azul-esverdeadas, folhas principais com 1m de comprimento ou mais; pinas: 50 ou mais pares, regular e singelamente dispostas sobre a ráquis, as medianas de 16mm de largura no centro, terminando em ponta fendida em dois lobos filamentosos com corte de 3cm ou mais de profundidade; ráquis arredondada por baixo e estreitamente quilhada por cima; pecíolos até 75cm de comprimento, geralmente muito cerdosos na base, munidos de dentes ou espinhos (15 a 21mm de comprimento) relativamente fracos e estreitos. Espádice com cerca de 1m de comprimento ou menos, densamente ramificado, glabro ou raramente com um dos eixos portando tomento castanho; espata de valva maior de 75 a 135cm de comprimento e acima de 16cm de largura, bem abruptamente estreitada em ponta obtusa, conspícua, mas variadamente castanho-aveludada, a lanugem às vezes persistindo até o apodrecimento pelo fim do primeiro ano, mas, mesmo quando a espata se torna praticamente nua, apresenta uma superfície áspera e fendida, bem diferente das espécies de espata lisa. Flores masculinas com botões florais na maturidade estreitos e irregulares, cerca de 5mm de comprimento quando secos; comumente muito levemente nervados, havendo variação nesse particular; flores femininas na antese, de 7 a 9mm de comprimento e muito largas, flores e ráquis algumas vezes cor-de-rosa, mas geralmente acroleucas. Fruto geralmente amarelo, deprimido, de 16 a 20mm de altura até a ponta curta ou elevação (umbo) e 1 ou 2mm mais largo, mas, algumas vezes, passam a formar frutos de 26mm de largura; a cúpula muito pequena e geralmente escondida debaixo da drupa com as partes mais largas somente curtamente agudas; caroço mono ou bisseminado, curto a oblongo ou subcônico, às vezes oblongo, terminando algo estreitamente, cerca de 15mm de comprimento e 10mm de largura, poros em geral obscuros.
A propagação da espécie se dá exclusivamente por sementes. Além disso, é bastante rústica, tolerando com facilidade o transplante.
Bourscheid, K. <em>Butia eriospatha</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 156-158.
Butia purpurascens Butia purpurascens Glassman Palmeira-Jataí
Estipe solitário, colunar, medindo entre 1 a 4 metros de altura com diâmetro de 15-18cm, apresenta folhas contemporâneas de coloração verde-clara, com número de 10-26 de forma arqueada, com folhas remanescentes cobrindo parte do estipe. O pseudopecíolo com margens fibrosas, variando de 60-75 cm de comprimento e pecíolo liso de 23-40cm; raque medindo de 114 a 145cm. Seus folíolos coriáceos em número de 38 a 58 de cada lado, são regularmente arranjados ao longo da raque num mesmo plano, porém com os dois lados divergindo e formando um “V”. Inflorescência com pedúnculo de 32-75cm, bráctea peduncular lenhosa, lisa a estriada, frequentemente arroxeada, de 70-105cm de comprimento. Flor de coloração amarela a púrpura. Frutos ovoides, de coloração variando entre arroxeados a verde-amarelos, com 2,5 a 3cm de comprimento, com mesocarpo carnoso doce-acidulado, contendo em seu endocarpo 1-2 sementes (Glassman, 1979; Lorenzi et al.,, 2010).
A espécie ocorre de forma mais agregada e com maior número de indivíduos, em locais de baixa densidade do componente arbóreo e maior incidência de luz solar. Estes locais, em geral, são característicos de áreas de cerrado ralo, onde a espécie tende a ocorrer com maior frequência. Quanto ao sistema reprodutivo, é monoica com inflorescências contendo flores masculinas e femininas (Guilherme; Oliveira, 2011). As sementes são dispersas por autocoria e muito apreciadas por animais. A espécie produz frutos durante o ano todo, com maior concentração durante a primavera e são necessários em torno de 175 frutos para obter-se 1 kg de sementes (Bozza, 2009; Lorenzi et al., 2010).
Pimenta, S. P.; Uzzo, R. P.; Carvalho, A. P. <em>Butia purpurascens</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 952-955.
Euterpe edulis Euterpe edulis Mart. Juçara
<em>Euterpe edulis<em> é uma palmeira não estolonífera, ou seja, apresenta estipe único. O tronco atinge em média 15m de altura e 15cm de diâmetro à altura do peito. Suas folhas são pinadas com cerca de 2,0 a 2,5m de comprimento e destacam-se com facilidade da planta. Inflorescências com ráquis cerca de 70cm de comprimento, com muitas ráquilas contendo flores em tríade (uma flor feminina e duas masculinas). As flores masculinas amadurecem antes das femininas (protrandria), um mecanismo que promove a fecundação cruzada entre indivíduos. A polinização é feita principalmente por insetos (entomófila), e a dispersão dos frutos por animais (zoocoria) (Reis, 1995). Os frutos são drupáceos, esféricos, de cor quase preta ou negro-vinosa quando maduros, com mesocarpo carnoso muito fino, unisseminado, com embrião lateral e albume abundante e homogêneo (Reitz, 1974). O fruto do palmiteiro pesa em média 1g e as infrutescências podem atingir 5kg, sendo a média de 3kg (Reis, 1995).
As possibilidades de exploração do açaí não estão restritas aos ecossistemas naturais de ocorrência da espécie. De fato, o maior potencial para extração de frutos da palmeira juçara está concentrado nos quintais rurais, com produção de grandes cachos de frutos e facilidades de colheita. Enquanto uma palmeira juçara (palmiteiro) na floresta produz em média dois cachos (Reis, 1995), as plantas a céu aberto cultivadas em fundo de quintal, jardins e bordas de mata podem produzir até seis cachos. Resultados da exploração dos frutos em quintais agroflorestais e em bananais apresentados por Mac Fadden (2005), sugerem que o cultivo da palmeira juçara em consórcio com a bananeira ou mesmo em quintais agroflorestais é uma prática viável que apresenta bons rendimentos para produção de frutos (1ha – 400 palmeiras – 4.000kg frutos/safra). Nesses sistemas, a palmeira atinge o dossel e recebe uma grande intensidade de luz solar, o que favorece a produção e maturação dos frutos. A palmeira juçara representa um elemento a mais no monocultivo de banana, aumentando a diversificação da produção local. O valor comercial dos frutos da palmeira juçara está em torno de 0,70 a 1,00 real por quilo (depende da qualidade do fruto) quando destinada à industrialização, apresentando alta agregação de valor após o processamento, sendo o açaí comercializado entre R$ 5,00/kg a R$ 10,00/kg (depende do grau de diluição). Uma vantagem significativa da produção de açaí é que ela não implica na morte da planta, como acontece no caso da extração do palmito. Por isso mesmo, também ao contrário da produção do palmito, que ocorre uma única vez para cada palmeira, a produção de frutos e de açaí pode ocorrer todos os anos, durante um longo período. Assim, a produção de açaí representa uma fonte de renda anual para os produtores, indiscutivelmente uma característica altamente desejável em um produto florestal. Além disso, a extração do açaí, a partir dos frutos da palmeira juçara, não destrói o poder germinativo das sementes, pelo contrário, acelera a sua germinação, pois os frutos utilizados neste processamento são frutos maduros. Assim, grandes volumes de sementes produzidas em quintais e em sistemas agroflorestais se tornam disponíveis para projetos de recomposição das populações da espécie nas florestas remanescentes, o que representa outra fonte potencial de renda para os agricultores. Porém, já se faz necessário um apoio por parte das empresas de extensão rural, de agências ambientais e ONGs para distribuição destas sementes resultantes do processamento com a finalidade de restauração/enriquecimento ambiental.
Bourscheid, K.; Siminski, A.; Fantini, A.C.; Fadden, J.M. <em>Euterpe edulis</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 178-183.
Geonoma gamiova Geonoma gamiova Barb.Rodr.
Palmeira de três a quatro metros de altura, três centímetros de diâmetro, grácil, estolonífera, espique remotamente anelado . Folhas desigualmente pinatífidas, aproximadamente um metro de comprimento, com cinco folíolos de posição alternada de ambos os lados, lanceolado-falcados e linear-lanceolados. Folíolos apicais mais largos, multinérvios. Pecíolo caniculado, coberto com tomento brúneo, 60 centímetros de comprimento, raque de aproximadamente meio metro de comprimento. Flores masculinas e femininas abundantes. Frutos negros, tipo drupa com aproximadamente seis milímetros (Reitz, 1974).
O crescimento G. gamiova é lento, que também acontece com outras espécies de palmeiras exóticas. As palmeiras do gênero Geonoma apresentam certa intolerância aos transplantes, sendo que esta etapa do cultivo deve então receber especial atenção. O transplante pode ser feito de forma gradual, procurando diminuir os traumas provocados às raízes. Mas uma forma de minimizar este problema é fazer o cultivo das plantas em todas as suas fases em vasos. Os transplantes ainda serão necessários, porém desta forma o dano causado às raízes será menor e talvez desta maneira as plantas respondam melhor ao transplante. O substrato para o cultivo em vasos deve ser o mais parecido possível com o solo de matas, onde a espécie naturalmente ocorre. Este substrato deve ser leve, de grande porosidade e com altos teores de matéria orgânica (Lorenzi et al., 2004).
Müller, C.V. <em>Geonoma gamiova</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 262-265.
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