nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Descrição taxonômica e importância ecológica
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
Informações sobre descrição taxonômica e importância ecológica de 337 espécies de flora brasileira da região sul e da região centro - oeste obtidas dos livros "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul" e "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste" publicados em 2011 e 2016 respectivamente. Esses livros são uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente em parceria com universidades e centros de pesquisa. A Iniciativa Plantas para o futuro visa fundamentalmente a identificação de espécies nativas da flora brasileira que possam ser utilizadas como novas opções para a agricultura familiar na diversificação dos seus cultivos, ampliação das oportunidades de investimento pelo setor empresarial no desenvolvimento de novos produtos e na melhoria e redução da vulnerabilidade do sistema alimentar brasileiro. Disponíveis no link: https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/54-agrobiodiversidade.html?download=1426:espécies-nativas-da-flora-brasileira-de-valor-econômico-atual-ou-potencial-–-plantas-para-o-futuro-–-região-centro-oeste https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf
Data de submissão
2019-11-14
Última atualização
2020-01-21
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Not provided
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1573761007410

1 Número de táxons

1 Espécies Distintas

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Fuchsia regia
Fuchsia regia (Vell.) Munz
Brinco de Princesa
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Descricão taxonômica Importância ecológica Fonte das informações
Fuchsia regia Fuchsia regia (Vell.) Munz Brinco de Princesa
Trepadeiras terrícolas lenhosas até 15-20m de altura (e até 8cm de diâmetro à altura do peito - DAP) ou subarbustos/arbustos terrícolas eretos (0,4-2,5m) ou escandentes/ semitrepadores ou com ramos pendentes (às vezes longos, até 6-7m ou mais), raramente epífitas (subarbustivas, arbustivas ou trepadeiras). Casca do caule em geral marrom-alaranjada nas partes velhas. Plantas glabras ou com pelos simples, raramente possuem pilosidade densa ou bem desenvolvida. Folhas simples, opostas ou verticiladas; limbo subcoriáceo a coriáceo, 20-160 x 7-60mm, ovado a elíptico, glabro a ocasionalmente piloso nas duas faces, cinco a dez nervuras secundárias de cada lado da principal; pecíolo 3-30 x 1,5-3,0mm; estípulas evidentes, 0,8-3,0 x 0,4-3,0mm, totalmente persistentes ou pelo menos a base persistente. Flores pendentes, vistosas, ornamentais, cíclicas, monóclinas (hermafroditas), epíginas, quase sempre actinomorfas, diclamídeas, tetrâmeras, gamossépalas, dialipétalas, diplostêmones, ornitofílicas, nas axilas de folhas; pedicelo 10-55mm. Ovário ínfero, verde, tetracarpelar e tetralocular, glabro, cilíndrico, oblongo, 5-12 x 2-4mm; óvulos anátropos, bitegumentados, crassinucelados, numerosos em cada lóculo, placentação axial; saco embrionário monospórico, tetranucleado, endosperma diploide e inicialmente nuclear. Tubo floral (ou hipanto) vermelho, alongado acima do ovário, decíduo no fruto, 5-16 x 2-7mm, glabro nas duas faces ou ocasionalmente pubérulo externamente; nectário na base do interior do tubo floral, unido a ele parcial ou totalmente, 2,5-8,0mm de comprimento. Sépalas vermelhas, valvares, grandes, vistosas (até mais que as pétalas), (15-)20-45mm, unidas basalmente por 2-10(-14)mm (menos de 1/7 a mais de 1/3 do seu comprimento), lobos 3-9mm de largura na base. Pétalas roxas ou purpúreas, livres, sobrepostas na prefloração, 10-22 x 7-16mm. Oito estames purpúreos; filetes filiformes um pouco diferenciados em dois tamanhos, os antessépalos maiores que os antepétalos, os menores com 20-40mm e os maiores com 22 48mm; anteras tetrasporangiadas, ditecas, dorsifixas, deiscência longitudinal, 2-5 x 1-2mm; grãos de pólen binucleados, com fios viscosos tendendo a aglomerá-los em grandes grupos. Estilete filiforme vermelho ou purpúreo, glabro ou basalmente piloso, elevando o estigma além das anteras; estigma clavado, úmido, 2-6 x 1-2mm, em geral distanciado 5-25mm das anteras. Baga roxo-escura quando madura, ornitocórica, glabra, oblonga ou elíptica ou globosa, 10-26 x 9-13mm.Sementes numerosas, lateralmente comprimidas, sem endosperma, marrons, 1,6-2,8 x 1,0-1,8mm. Floração e frutificação na primavera e principalmente no verão, mas também no outono e mesmo no inverno. Descrição adaptada de Berry (1989). Ilustrações em Munz (1943:107; 1947). As duas subespécies sul brasileiras podem ser assim diferenciadas:1a) Sépalas unidas em menos de 1/3 do seu comprimento, 2-6mm de união; estípulas 0,8-1,4 x 0,4-1,0mm, não dando aparência nodosa ao ramo jovem; folhas verticiladas, três a cinco por nó; pecíolo em geral menor que 10mm de comprimento; margens do limbo evidentemente denteadas ou serrilhadas; no Planalto Sul-Brasileiro – <em>F. regia subsp. reitzii</em> P. Berry (ilustrada em Berry, 1989:578).1b) Sépalas unidas em mais de 1/3 do seu comprimento, (5-)8-10(-14)mm de união; estípulas 2-3 x 2-3mm, dando aparência nodosa ao ramo jovem; folhas opostas ou verticiladas, neste caso verticilos de 3; pecíolo maior que 10mm de comprimento; margens do limbo lisas ou pouco denteadas; nas encostas das Serras Geral, do Mar e outras serras litorâneas e morros – <em>F. regia subsp. serrae</em> P. Berry (ilustrada em Berry, 1989:574).Híbridos entre estas subespécies ocorrem ao longo dos Aparados da Serra Geral, no sul de Santa Catarina e no nordeste do Rio Grande do Sul, entre 800 e 1.400 metros de altitude (Berry, 1989; Hoshino & Berry, 1989).O gênero é de hábitats florestais mésicos e úmidos, sendo relativamente isolado dentro da família pelo fato de ser o único com fruto carnoso, e também pelo pólen biporado na grande maioria de suas espécies, inexistente no restante das onagráceas. Possui 12 seções e 107 espécies (Berry et al., 2004), ¾ delas dos Andes tropicais, sendo as demais encontradas no México, na América Central (incluindo Haiti e República Dominicana), no sul dos Andes, no Taiti e na Nova Zelândia (Wright, 1979; Berry, 1985), além de oito exclusivas do Brasil, das quais <em>F. regia</em> é a única que tem distribuição maior e três subespécies, pois as outras sete espécies apresentam endemismo restrito a algumas serras (Berry, 1989). Uma grande série de híbridos e mutantes que crescem exclusivamente cultivados como ornamentais, em jardins e estufas, são geralmente referidos como <em>F. hybrida </em>Hort. ex Siebert & Voss e muitos derivam ao menos parcialmente de táxons brasileiros (Wright, 1979; Berry, 1989). A família tem três outros gêneros nativos no sul do Brasil: <em>Oenothera ludwigia</em> e <em>Epilobium </em>(Falkenberg, 1988), totalizando cerca de 30 espécies.
As flores são bastante procuradas por beija-flores, e os frutos supostamente são comidos por outros tipos de ave. Wright (1979) detalha aspectos do melhoramento e algumas possibilidades a serem exploradas neste sentido, como cores diferentes nas pétalas e sépalas, maior resistência ao frio, maior rapidez de crescimento, hibridação com outras espécies, etc. É incomum encontrarmos plantas jovens da espécie nos ecossistemas naturais ou poucos impactados, porém a alta capacidade de rebrota dos adultos parece garantir grande longevidade para muitos. Necessita de algum tipo de suporte, mas não é volúvel. Cresce melhor a pleno sol ou em ambientes bem iluminados.
Falkenberg, D.B. <em>Fuchsia regia</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 764-767.
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