nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Descrição taxonômica e importância ecológica
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
Informações sobre descrição taxonômica e importância ecológica de 337 espécies de flora brasileira da região sul e da região centro - oeste obtidas dos livros "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul" e "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste" publicados em 2011 e 2016 respectivamente. Esses livros são uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente em parceria com universidades e centros de pesquisa. A Iniciativa Plantas para o futuro visa fundamentalmente a identificação de espécies nativas da flora brasileira que possam ser utilizadas como novas opções para a agricultura familiar na diversificação dos seus cultivos, ampliação das oportunidades de investimento pelo setor empresarial no desenvolvimento de novos produtos e na melhoria e redução da vulnerabilidade do sistema alimentar brasileiro. Disponíveis no link: https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/54-agrobiodiversidade.html?download=1426:espécies-nativas-da-flora-brasileira-de-valor-econômico-atual-ou-potencial-–-plantas-para-o-futuro-–-região-centro-oeste https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf
Data de submissão
2019-11-14
Última atualização
2020-01-21
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Not provided
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1573761007410
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Peperomia circinnata
Peperomia circinnata Link
 
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Macroptilium psammodes
Macroptilium psammodes (Lindm.) S.I. Drewes & R.A. Palacios
 
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Apuleia leiocarpa
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr.
Garapa
 
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Trifolium polymorphum
Trifolium polymorphum Poir.
Trevo
 
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Colubrina glandulosa
Colubrina glandulosa Perkins
 
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Trifolium riograndense
Trifolium riograndense Burkart
Trevo
 
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Drimys brasiliensis
Drimys brasiliensis Miers
 
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Cuphea carthagenensis
Cuphea carthagenensis (Jacq.) J.Macbr.
 
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Cuphea calophylla
Cuphea calophylla Cham. & Schltdl.
 
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Pfaffia tuberosa
Pfaffia tuberosa (Spreng.) Hicken
Corango-De-Batata
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Descricão taxonômica Importância ecológica Fonte das informações
Peperomia circinnata Peperomia circinnata Link
<em>Peperomia circinnata</em> é erva epífita, ripícola, estolonífera, com caule filiforme, não ascendente, róseo-avermelhado. As folhas são opostas com as lâminas variando de 3 a 8mm de diâmetro, orbiculares, às vezes elípticas, suculentas, verde claro, com as margens ciliadas, pubescentes em ambas as faces, com 3 nervuras inconspícuas. As inflorescências são em espigas terminais, solitárias, opostas às folhas, com 50 a 60mm de comprimento, dispostas sobre pedúnculo de 6 a 10mm de comprimento, róseo-avermelhado, geralmente, provido de 2 brácteas dispostas na porção mediana também róseo-avermelhadas. As flores são protegidas por bractéola arredondado-peltada, glandulosa. O fruto é globoso-ovoide com estigma apical.
Guimaraẽs, E. F.; MeDeiros, E. V. S. <em>Peperomia circinnata</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 1040-1044.
Macroptilium psammodes Macroptilium psammodes (Lindm.) S.I. Drewes & R.A. Palacios
Ervas prostradas, vilosas. Folhas pinado-trifolioladas, folíolos subromboidais, raro suborbiculares ou oblongos, ápice agudo ou acuminado, membranáceos a papiráceos, ambas as faces vilosas a subglabras, com 10-33 X 6-26mm; estípulas ovadas ou lanceoladas, ápice assovelado ou agudo, com cerca de 5-6 X 1,2mm, estipelas triangular-assoveladas, vilosas, com cerca de1,5-2,0 X 0,2mm. Racemos axilares; flores rosado-alaranjadas com estrias vermelhas a avermelhadas, com brácteas e bractéolas, alas maiores que o estandarte e a quilha, com cerca de 15,0-15,5mm de comprimento, estames diadelfos. Legumes com deiscência elástica, com 2 - 6 sementes, com 17-20 X 3-3,5mm, vilosos a pubescentes; sementes suborbiculares ou subcilíndricas, amarelas ou marrons, marmoreadas de preto, com cerca de 2-3 X 2,0-2,5mm.
Fernández et al., (1988) encontraram esta espécie em Corrientes (Argentina) em locais pouco pastejados ou com carga animal baixa, geralmente associada à espécies de gramíneas, como por exemplo, Andropogon lateralis Nees, Schizachyrium paniculatum (Kunth) Herter e Paspalum notatum Flüggé. Observações realizadas em ensaios de carga em campo natural indicam que, com carga animal menor, as populações existentes aumentam. É uma espécie muito procurada pelo gado bovino, portanto, quando se encontra protegida, sua produção de sementes e volume de forragem é maior. A queima dos campos possivelmente seja uma das causas do escasso aporte de forragem disponível para os animais. Análises químicas de plantas em plena floração deram valores de proteínas de 15% e conteúdo de fósforo de 0,17%. É uma interessante forrageira nativa à qual se deveria proporcionar melhores condições de uso a fim de aumentar sua presença. Ciclo: Espécie perene, de ciclo estival. Começa seu crescimento na primavera, alcançando seu maior tamanho em novembro-dezembro. Floração e frutificação: Apresenta um longo período de floração, que começa no fim de outubro ou princípio de novembro, continuando até fevereiro-março, frutificando até o mês de abril (Fernández et al., 1988). De acordo com Barbosa-Fevereiro (1987), floresce e frutifica de novembro a março.
Miotto, S. T. S. <em>Macroptilium psammodes</em>. In: Coradin, L.; Siminski, A. & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 384-385.
Apuleia leiocarpa Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. Garapa
Árvore de grande porte, característica da Floresta Estacional Decidual, podendo chegar a 40 metros de altura e 60-100cm de diâmetro na altura do peito. O tronco é geralmente retilíneo ou um pouco inclinado, com o fuste podendo atingir a metade da altura dos exemplares. O ritidoma é acinzentado claro, com descamações circulares típicas. Os ramos são ascendentes, formando copa mais ou menos densa. Folhas verde-claras, imparipenadas, de 5-15cm de comprimento, caindo no inverno. Folíolos ovalados ou elípticos, também alternos, de cerca de 5cm de comprimento. Flores de cor branca ou creme, masculinas e hermafroditas, de cerca de 0,5cm de comprimento. Inflorescências dispostas em pequenas panículas de 3 a 5 cm de comprimento. O fruto é uma vagem ovoide, indeiscente e achatada, de cor castanho-clara, de cerca de 3,5cm de diâmetro, possuindo uma só semente marrom-escura, dura e achatada, de cerca de 0,7cm de diâmetro. Possui entre 8.420 a 20.800 sementes por quilo. Floresce na primavera e frutifica no verão e outono. As sementes podem apresentar alta infestação por brocas ou ser consumidas por roedores e periquitos, prejudicando a sua regeneração natural (Backes & Irgang, 2002).
Ocorre em interior ou clareiras, sendo uma espécie secundária inicial. É essencialmente uma espécie semi-heliófita ou heliófita, podendo ocorrer tanto em solos úmidos e escuros das matas ciliares como em solos argilosos ou rochosos de encostas. No entanto, prefere solos bem drenados e profundos (Carvalho, 2003). Ocorre até a altitude de 700 metros. Em Santa Catarina, é árvore quase pioneira e relativamente abundante em matas secundárias, como destacam Reitz et al. (1983), enquanto no Rio Grande do Sul ocorre em florestas em estádio maduro, sendo, aparentemente, pouco comum ou rara em florestas jovens. Nos viveiros, as mudas de primeiro ano têm desenvolvimento relativamente lento, podendo alcançar 0,50m de altura. As mudas têm sistema radical axial muito pronunciado, com poucas raízes laterais, o que indica a necessidade de poda da raiz. Considerando-se o uso histórico de sua madeira, suas múltiplas aplicações e sua extraordinária durabilidade, pode ser considerada como uma das madeiras mais valiosas da Região Sul. Entretanto, a falta de produção e propagação de mudas e de florestamentos com nativas com fins econômicos e sua baixa densidade não permite, atualmente, uma maior exploração como espécie madeireira. Algumas empresas de comercialização de madeiras brasileiras incluem a grápia entre as dez principais madeiras ornamentais, sendo retirada, quase que exclusivamente, das matas do norte do Brasil, pela ausência do recurso no restante do País. Outro aspecto destacado é o grande potencial para reflorestamento em larga escala, principalmente nas matas ciliares, em sua região de distribuição original, com ênfase especial nas Florestas Estacionais Semideciduais e Deciduais.
Grings, M.; Brack, P. <em>Apuleia leiocarpa</em>. In: Coradin, L.; Siminski, A. & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 410-413.
Trifolium polymorphum Trifolium polymorphum Poir. Trevo
Ervas estoloníferas, com até 40cm de comprimento; com raízes napiformes, tuberosas. Folhas pecioladas, digitado-trifolioladas, folíolos obcordados iguais entre si, bordo denticulado no terço superior, nervura principal evidente; estípulas lanceoladas, semi-soldadas na base do pecíolo. Corimbos com 10 - 40 flores, flores aéreas brancas, rosadas a vermelhas, pediceladas, com corola persistente após a fecundação. Legumes ovoides a elípticos, com 2 - 5 sementes, com cálice e estilete persistentes; sementes cordiformes, castanho-claras; flores subterrâneas cleistógamas, localizadas nos nós onde não se formam flores aéreas. Frutos ovoides, com cálice e corola persistentes.
Apesar de ser pastejada pelo gado, inclusive o ovino, consegue manter-se graças à abundante produção de sementes hipógeas. Prefere os campos com estrato baixo e desaparece nos campos altos, não pastejados. No Rio Grande do Sul, é muito frequente nos campos da metade sul do Estado. Não produz muita massa verde, porém, é de grande importância, pois surge no inverno quando os campos nativos estão com o crescimento limitado. Embora seja considerada uma forrageira de escassa produtividade, apresenta muito boa qualidade e palatabilidade, com valores de 15,2% de proteína e conteúdo de fósforo de 0,18%, obtidos de plantas em estádio de floração. Suporta pastoreio intenso, com aumentos de massa interessantes no fim do verão, ao contrário, quando a disponibilidade aumenta, sua presença diminui acentuadamente. Floresce abundantemente em outubro-novembro e, em anos úmidos, inclusive em dezembro, em campos naturais, especialmente se estes receberam adubação fosfatada e não estão com sobrecarga de ovinos. É a leguminosa nativa hibernal que melhor responde às fertilizações com fósforo. Os longos pedúnculos, elevados sobre as folhas, permitem uma colheita fácil de sementes, evitando danos na massa verde (Kappel, 1967; Fernández et al. 1988; Coll & Zarza, 1992; Izaguirre, 1995; Izaguirre & Beyhaut, 1998). Ciclo: Espécie perene, de ciclo hibernal. De acordo com Lange (2001), no Rio Grande do Sul, geralmente é anual e, às vezes, bienal, porém, nas demais regiões da “estepe pampeana” a espécie tem ciclo de vida perene. Segundo Rosengurtt (1943), vegeta de março a dezembro, secando a parte aérea no verão. Floração e frutificação: Segundo Izaguirre & Beyhaut (1998), floresce e frutifica abundantemente no fim da primavera nos meses de novembro e dezembro, a seguir apresenta sementes maduras. Geralmente, as sementes das flores cleistógamas subterrâneas amadurecem mais tardiamente que as das Flores aéreas. Apresenta flores subterrâneas e aéreas: as primeiras formam-se a partir de gemas basais e são cleistógamas e as segundas a partir de gemas axilares e são alógamas, polinizadas por insetos (Zohary & Heller, 1984; Coll & Zarza, 1992; Izaguirre, 1995). Segundo Zohary & Heller (1984), T. polymorphum é a única espécie do gênero que apresenta anficarpia, ou seja, produz frutos aéreos e subterrâneos. De acordo com Coll & Zarza (1992), as sementes subterrâneas estão ligeiramente enterradas no solo, fator que facilita sua germinação e reduz as perdas do consumo pelo gado e também por insetos. A produção de sementes através de autofecundação e de fecundação cruzada é vantajosa em trabalhos de melhoramento genético destinado à criação de variedades. As sementes resultantes dos frutos aéreos e dos subterrâneos, bem como as raízes tuberosas, constituem importantes elementos para aumentar a persistência da espécie.
Miotto, S. T. S. <em>Trifolium polymorphum</em>. In: Coradin, L.; Siminski, A. & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 390-393.
Colubrina glandulosa Colubrina glandulosa Perkins
Conforme Carvalho (2003), sobraji é uma árvore semidecídua, de tronco cilíndrico e reto, com fuste atingindo 15 metros de altura. Diâmetro à altura do peito (DAP) variando entre 30 e 80cm e altura total, entre 5 e 25 metros. Copa alongada ou cônica com as ramificações quase horizontais. Os períodos de floração e frutificação duram em média cinco meses cada na maior parte da área de ocorrência, com exceção de Minas Gerais, onde cada evento ocorre em um mês. As flores são minúsculas, amarelo-esverdeadas, reunidas em cimeiras curtas e axilares. Os frutos são do tipo cápsula, secos e triloculares, glabros e com 8 a 12mm de comprimento, apresentando deiscência explosiva. A síndrome de dispersão é principalmente barocórica e não associada à zoocoria (Carvalho, 2003). Segundo Morellato (1991), a polinização é realizada por diversos pequenos insetos.
É uma espécie heliófita e ocorre com maior frequência onde a mata é rala, clareiras, matas secundárias e em capoeirões, chegando a formar pequenos agrupamentos (Reitz et al., 1978). Trata-se também de uma árvore higrófita, que prefere solos úmidos (Reitz et al., 1978), entretanto, apresenta plasticidade frente aos diferentes tipos de solo, ocorrendo tanto em solos rasos, pedregosos ou ácidos como em solos profundos e férteis (Carvalho, 2003). A espécie é susceptível a baixas temperaturas, geadas mais severas podem causar danos em plantas de até 10 anos (Carvalho, 2003). Todavia, apresenta rápido crescimento em altura, aspecto observado por Garrido et al. (1990) em um plantio puro de C. glandulosa que sofreu forte geada e retomou bem seu desenvolvimento. Não existem recomendações de espaçamento para o plantio na bibliografia. No entanto, existem vários experimentos que testaram diferentes espaçamentos em cultivos puros de C. glandulosa: espaçamentos de 3,0 x 1,5 metros, 4 x 3 metros e 4 x 2 metros apresentaram incremento médio anual com casca de 12,9m³ ha^^-1^^^^ ^^ano^^-1^^, 11,0m³ ha^^-1^^ ano^^-1^^ e 10,0m³ ha^^-1^^ ano^^-1^^, respectivamente, para plantios de sete a nove anos (Carvalho, 2003). A propagação é por sementes. A coleta dos frutos deve ser realizada no momento em que o mesmo muda de cor, passando de verde para castanho-escuro. O fruto deve ser quebrado para se obter as sementes. Cada quilo de sementes possui entre 42000 e 47600 sementes (Carvalho, 2003). A separação das sementes pode ser realizada colocando as sementes em água, as que flutuarem devem ser descartadas (Reitz et al., 1983). As sementes apresentam uma forte dormência tegumentar. Para tanto, tratamentos de quebra de dormência podem seu utilizados para acelerar e uniformizar a germinação. Imersão em ácido sulfúrico concentrado por 25 minutos (Carvalho, 2003) ou imersão em álcool etílico por 4 horas (Reitz et al., 1983) são dois métodos baratos, principalmente o que utiliza álcool etílico. No caso de sementes que tiveram sua dormência quebrada, a germinação ocorre entre 12 a 42 dias após a semeadura e com poder de germinação de até 90%. Caso contrário, pode se estender irregularmente por até seis meses com poder de germinação de 10% (Carvalho, 2003). Entre indivíduos, há uma variação na viabilidade das sementes. As sementes possuem comportamento ortodoxo e apresentaram 30,5% de germinação após cinco anos em saco plástico e 0,5% de germinação após 20 anos em vidro fechado (Carvalho, 2003). No entanto, pesquisas relacionadas à umidade e tipo de armazenamento da semente podem elevar tanto o tempo de armazenamento quanto a viabilidade das sementes após a estocagem. As mudas podem ser cultivadas em viveiros ou a pleno sol. No caso de cultivo em viveiros, Oliveira (2008) recomenda luminosidade de 20% da luz total. Quanto ao substrato, Nodari et al. (1986) recomendam cama aviária ou resíduo do filtro de prensa de cana de açúcar. No entanto, compostagem húmica e terra de mato (1:1) também é um substrato viável utilizado por Oliveira (2008).
Montagna, T.; Reis, M. S. <em>Colubrina glandulosa</em>. In: Coradin, L.; Siminski, A. & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 448-452.
Trifolium riograndense Trifolium riograndense Burkart Trevo
Ervas estoloníferas, ramos com 30 - 50cm de comprimento. Folhas longo-pecioladas, digitado-trifolioladas, folíolos obcordados, iguais entre si, bordo serrilhado lateralmente, nervura principal evidente, com 18-20 X 45mm; estípulas lanceoladas, semi-soldadas na base do pecíolo. Corimbo com 20 a 40 flores, compacto, pedicelos florais curtos, flores vermelhas a rosadas, com corola persistente após a fecundação. Folículos com 1 - 3 sementes; sementes cordiformes, com 1,0 - 1,3mm de comprimento, amarelo-claras a esverdeadas.
É uma importante forrageira, digna de ser propagada. Segundo Kappel (1967), vegeta bem no inverno e, graças a seus estolões suporta bem o pisoteio e mereceria estudos de melhoramento, uma vez que se adapta a solos com elevada acidez. Encontra-se consorciada com o campo nativo e é muito apetecível pelo gado. Ciclo: Espécie perene, hibernal. Floração e frutificação: Floresce de agosto a novembro.
Miotto, S. T. S. <em>Trifolium riograndense</em>. In: Coradin, L.; Siminski, A. & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 394-395.
Drimys brasiliensis Drimys brasiliensis Miers
<em>Drimys brasiliensis </em>pertence à ordem Magnoliales, juntamente com outras 21 famílias, entre elas Lauraceae, Annonaceae e Magnoliaceae. É um arbusto, arvoreta ou árvore com até 20 metros de altura, com folhas pecioladas, lâminas obovadas, oblongas ou elípticas, com até 14,3cm de comprimento e 5,8cm de largura, de ápice obtuso, arredondado ou emarginado, de margem plana ou revoluta, concolares ou não, pecíolos alados ou não, geralmente de 5 a 25mm de comprimento. Suas inflorescências são terminais, raro axilares, longo pedunculadas, em geral, com três a cinco flores, algumas vezes até seis, pedúnculos alados ou não, de 18 a 60mm de comprimento. Suas flores são brancas, pediceladas, com duas sépalas, pétalas elípticas ou oblongas, e gineceu com cinco a oito carpelos, raro quatro a doze (Trinta & Santos, 1997), apresentando protoginia, porém sendo autocompatível (Gottsberger et al., 1980)
Trinta & Santos (1997) citam que a espécie floresce de julho a abril em Santa Catarina, e Gottsberger et al. (1980) verificaram que a espécie floresce de junho a novembro na região de Botucatu, SP. Porém, Mariot (2008) verificou que, em Caçador, SC, D. brasiliensis floresce de dezembro a março. Os principais visitantes florais e potenciais polinizadores se referem a espécies das ordens Coleoptera, Diptera e Hymenoptera, além da baixa visitação de Thysanoptera, Hemiptera e Lepidoptera, que visitam as flores atraídas pelo odor, consumindo exudatos estigmáticos e pólen (Gottsberger et al., 1980; Mariot et al., 2006; Mariot, 2008). Seus frutículos são bagáceos e, quando maduros, apresentam coloração escuro rajados, com sementes reniformes, negro-brilhantes, apresentando dormência por imaturidade embrionária (Abreu et al., 2005) e frutificando a partir de outubro em Santa Catarina (Trinta & Santos, 1997) e entre setembro e janeiro em Botucatu (Gottsberger et al., 1980). Mariot (2008) verificou que D. brasiliensisfrutifica o ano todo na Região de Caçador (SC), ocorrendo sobreposição de frutificações de anos diferentes. Esses frutos são consumidos por aves que auxiliam na dispersão de suas sementes. No Estado de São Paulo, foram registrados bico-de-veludo (Schistochlamys ruficapillus), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) e sanhaçu-frade (Stephanophorus diadematus) (Gottsberger et al., 1980) e no Estado de Santa Catarina foi observado o tuque (Elaenia mesoleuca) (Mariot, 2008).
Mariot, A.; Bittencourt, R.; Mantovani, A.; Reis, M.S. <em>Drimys brasiliensis</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 601-607.
Cuphea carthagenensis Cuphea carthagenensis (Jacq.) J.Macbr.
As espécies desse grupo são representadas por plantas herbáceas ou subarbustivas eretas, muito ramificadas, de 20 a 60cm de altura, glandulosas e pubescentes. O caule é avermelhado, com a base algumas vezes lenhosa. As folhas são simples, opostas, discolores, elípticas a lanceoladas, com pecíolo curto e piloso na face inferior. A inflorescência é racemosa, com duas a quatro flores, partindo da axila foliar, com pedicelos curtos. As flores têm cálice pouco pubescente, com setas hirsutas esparsas, pétalas variando de rosadas a purpúreas ou violáceas, obovadas ou oblongas. O fruto é uma cápsula e apresenta-se inflado quando maduro, de formato similar a uma ampola, de base alargada, com estreitamento próximo do ápice. São encontradas entre três e cinco sementes por fruto, que são pardas avermelhadas, subcordadas, com ala estreita (Lourteig, 1969).
Borgo, M.; Petean, M.P.; Hoffmann, P.M. <em>Cuphea carthagenensis</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial:plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 599-600.
Cuphea calophylla Cuphea calophylla Cham. & Schltdl.
As espécies desse grupo são representadas por plantas herbáceas ou subarbustivas eretas, muito ramificadas, de 20 a 60cm de altura, glandulosas e pubescentes. O caule é avermelhado, com a base algumas vezes lenhosa. As folhas são simples, opostas, discolores, elípticas a lanceoladas, com pecíolo curto e piloso na face inferior. A inflorescência é racemosa, com duas a quatro flores, partindo da axila foliar, com pedicelos curtos. As flores têm cálice pouco pubescente, com setas hirsutas esparsas, pétalas variando de rosadas a purpúreas ou violáceas, obovadas ou oblongas. O fruto é uma cápsula e apresenta-se inflado quando maduro, de formato similar a uma ampola, de base alargada, com estreitamento próximo do ápice. São encontradas entre três e cinco sementes por fruto, que são pardas avermelhadas, subcordadas, com ala estreita (Lourteig, 1969).
Borgo, M.; Petean, M.P.; Hoffmann, P.M. <em>Cuphea calophylla</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 599-600.
Pfaffia tuberosa Pfaffia tuberosa (Spreng.) Hicken Corango-De-Batata
É uma erva perene, de caule lenhoso e piloso, de altura não superior a um metro com folhas pilosas. Apresenta inflorescências cimosas e muito simples com flores hermafroditas em espigas pedunculadas humanoides (Smith & Downs, 1972). Floresce todo o ano com mais firmeza de outubro a fevereiro. Possui flores brancacentas, sementes vermelho-castanhas, raiz aromática e amarga.
Lopes, S.B. <em>Pfaffia spp</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 670-675.
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