nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Descrição taxonômica e importância ecológica
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
Informações sobre descrição taxonômica e importância ecológica de 337 espécies de flora brasileira da região sul e da região centro - oeste obtidas dos livros "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul" e "Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste" publicados em 2011 e 2016 respectivamente. Esses livros são uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente em parceria com universidades e centros de pesquisa. A Iniciativa Plantas para o futuro visa fundamentalmente a identificação de espécies nativas da flora brasileira que possam ser utilizadas como novas opções para a agricultura familiar na diversificação dos seus cultivos, ampliação das oportunidades de investimento pelo setor empresarial no desenvolvimento de novos produtos e na melhoria e redução da vulnerabilidade do sistema alimentar brasileiro. Disponíveis no link: https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/54-agrobiodiversidade.html?download=1426:espécies-nativas-da-flora-brasileira-de-valor-econômico-atual-ou-potencial-–-plantas-para-o-futuro-–-região-centro-oeste https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf
Data de submissão
2019-11-14
Última atualização
2020-01-21
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Not provided
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1573761007410
thumbnail species image
Asplenium auritum
Asplenium auritum Sw.
 
thumbnail species image
Asplenium cirrhatum
Asplenium cirrhatum Rich. ex Willd.
 
thumbnail species image
Asplenium cristatum
Asplenium cristatum Lam.
 
thumbnail species image
Asplenium laetum
Asplenium laetum Sw.
 
thumbnail species image
Ateleia glazioveana
Ateleia glazioveana Baill.
 
thumbnail species image
Aulonemia aristulata
Aulonemia aristulata (Döll) McClure
 
thumbnail species image
Aulonemia xerophylla
Aulonemia xerophylla P.L. Viana & Filg.
 
thumbnail species image
Axonopus affinis
Axonopus affinis Chase
 
thumbnail species image
Axonopus aureus
Axonopus aureus P. Beauv.
Pata de Pava
 
thumbnail species image
Axonopus chrysoblepharis
Axonopus chrysoblepharis (Lag.) Chase
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Descricão taxonômica Importância ecológica Fonte das informações
Asplenium auritum Asplenium auritum Sw.
Segundo Zuquim et al., 2008, os indivíduos adultos desta espécie são epífitos, pendentes com cerca de 40 cm, mas podem chegar até 70 cm. As folhas são pinadas, com 6 - 30 pares de pinas, ápice da folha gradualmente reduzido, férteis e estéreis semelhantes na forma. As pinas são longas, alternas, com 5 cm de comprimento e 1 cm de largura, ápice bastante alongado e margens serreadas. O caule possui densa massa de raízes que se aderem ao tronco das árvores. O pecíolo é esverdeado e sem alas. Os soros com indúsio formam linhas que vão do centro da pina em direção à margem da folha. Os indivíduos jovens são parecidos com os adultos, porém as pinas são inteiras ou quase inteiras. Em microscópio é possível visualizar o caule com muitas escamas de coloração castanha. Uma característica marcante de<em> A. auritum</em> são os “lóbulos” formados na base das pinas, as pinas muito alongadas com as margens serreadas.
Zuquim, G.; Costa, F.R.C.; Prado, J.; Tuomisto, H. Guia De Samambaias e Licófitas da REBIO Uatumã- Amazônia Central. Manaus: Attema Design Editorial, 2008. 320p.
Asplenium cirrhatum Asplenium cirrhatum Rich. ex Willd.
Segundo Zuquim et al., 2008, os indivíduos adultos desta espécie são epífitos ou sobre pedras, mais raramente terrestres, pendentes, com cerca de 30 cm de comprimento, mas podem chegar até 60 cm. As folhas são pinadas, férteis e estéreis semelhantes na forma. As pinas são alternas, 9 - 25 pares, distantes entre si, com as margens crenadas, com cerca de 4 cm de comprimento. As nervuras são livres. O pecíolo e a raque são brilhantes, negros; muitas vezes a raque é alongada e possui gemas no ápice, de onde nascem novos indivíduos (ápice prolífero). O caule é curtoreptante. Os soros são lineares, acompanhando as nervuras da pina do centro em direção às margens da pina, com indúsio. Os indivíduos jovens podem nascer da ponta das folhas de indivíduos adultos. Em microscópio é possível visualizar escamas desde o caule até a raque e esporos monoletes.
Zuquim, G.; Costa, F.R.C.; Prado, J.; Tuomisto, H. Guia De Samambaias e Licófitas da REBIO Uatumã- Amazônia Central. Manaus: Attema Design Editorial, 2008. 320p.
Asplenium cristatum Asplenium cristatum Lam.
Segundo Zuquim et al., 2008, os indivíduos adultos desta espécie são geralmente rupícolas, às vezes terrestres, decumbentes, com cerca de 40 cm. As folhas são bipinadas, em forma de asa-delta, com 15 - 20 pares de pinas, férteis e estéreis semelhantes na forma. As pinas são divididas, a face superior é brilhante e sem pêlos ou escamas. As pínulas possuem 8 - 15 pares, com as margens denteadas, as da base da pina se sobrepõem ao eixo principal da folha (raque). O pecíolo é geralmente castanho-avermelhado. A raque e a raquíola possuem canaleta na face superior e alas. O caule é ereto. Os soros possuem 3 ou 4 por pínula, em linhas curtas que vão do centro da pina em direção à margem. O indúsio é esbranquiçado. Os indivíduos jovens possuem folhas apenas pinadas, e as pinas possuem margens muito irregulares. Em microscópio é possível visualizar o rizoma com escamas acinzentadas a castanhas, lineares ou em forma de asa-delta, com 2 a 3 mm de comprimento, com as paredes celulares espessas (clatradas).
Zuquim, G.; Costa, F.R.C.; Prado, J.; Tuomisto, H. Guia De Samambaias e Licófitas da REBIO Uatumã- Amazônia Central. Manaus: Attema Design Editorial, 2008. 320p.
Asplenium laetum Asplenium laetum Sw.
Segundo Zuquim et al., 2008, os indivíduos adultos desta espécie são geralmente rupícolas, às vezes epífitos ou terrestres, relativamente eretos, com cerca de 40 cm. São 2 - 15 folhas por indivíduo que crescem agrupadas, pinadas, cerca de 25 cm de comprimento por 7 de largura, férteis e estéreis semelhantes na forma. As pinas possuem 10 - 30 pares, longas, alternas, com cerca de 25 de comprimento e 7 cm de largura, margens irregularmente serreadas. As nervuras são bifurcadas. O caule é curto-reptante. O pecíolo é preto. Os soros são curtos, lineares, ao longo das nervuras secundárias, com indúsio esbranquiçado. Os indivíduos jovens são parecidos com os adultos, porém as pinas são arredondadas.Em microscópio é possível visualizar o rizoma com muitas escamas castanho-escuras ou pretas, 0,5 a 2 mm de comprimento, com as paredes celulares espessadas (clatradas).Quando jovem, pode ser confundido com jovens de<em> Cyclodium guianense</em>.
Zuquim, G.; Costa, F.R.C.; Prado, J.; Tuomisto, H. Guia De Samambaias e Licófitas da REBIO Uatumã- Amazônia Central. Manaus: Attema Design Editorial, 2008. 320p.
Ateleia glazioveana Ateleia glazioveana Baill.
Árvore caducifólia, de 10 a 20 metros de altura, com diâmetro até 70cm, na altura do peito. O tronco é cilíndrico e o fuste é mais ou menos retilíneo. A ramificação é densa quando a árvore está isolada, formando copa cônica. A casca é rugosa, de cor marrom escura, quase negra, com fissuras irregulares, longitudinais. As folhas são compostas, alternas, imparipenadas, com 19 a 25 folíolos elíptico-lanceolados, de 4 a 7cm de comprimento e entre 1 e 2cm de largura. As flores são pequenas, brancas, dispostas em cachos axilares, de 10 a 15cm de comprimento, desabrochando entre primavera e verão. Fruto semicircular ou ovalado, achatado, indeiscente, de cor bege clara, de 3 a 4cm de diâmetro e 2,5 a 3,0cm de largura, com uma só semente, de cerca de 0,5cm de diâmetro. Floresce na primavera e frutifica no final do verão e início do outono (Backes & Irgang, 2002).
Espécie pioneira, ocorre em beira de matas e de áreas agrícolas abandonadas, em solos argilosos vermelhos, geralmente úmidos e profundos, porém, também pode ocorrer em solos rasos (Carvalho, 1994). Muitas vezes forma extensos agrupamentos, chamados de timbozais ou parques de timbós. De acordo com Rambo (2000), referindo-se que a espécie compõe a primeira fase do reflorestamento natural do campo, destaca “Uma vez preparado o solo, imigram as outras espécies da mata virgem, e o timbó desaparece. São raros os casos em que se encontra incluído em zonas de mato fechado, como se observa junto ao Salto do Mucunã, no Uruguai.”
Brack, P.; Grings, M. <em>Ateleia glazioveana</em>. In: Coradin, L.; Siminski, A. & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 428-431.
Aulonemia aristulata Aulonemia aristulata (Döll) McClure
A subfamília Bambusoideae é caracterizada por plantas perenes, raro anuais, hábito rizomatoso com ramificação simples ou complexa, folhas pseudopecioladas, mesofilo com células invaginantes fortemente assimétricas associadas a células buliformes, fusóides, tricomas bicelulares alongados, folhas embrionárias com margens sobrepostas e plântulas sem a primeira folha (Judziewicz et al., 1999).Apresentam rizomas, ou seja, caules subterrâneos cuja função é armazenar reservas e auxiliar na reprodução vegetativa. São especialmente desenvolvidos nos bambus lenhosos, mas nos herbáceos exibem tipicamente alguma gradação de desenvolvimento. Geralmente existem dois padrões de ramificação: simpodial e monopodial. Na ramificação simpodial, várias gemas participam consecutivamente da formação de cada eixo e na monopodial o crescimento do caule se dá pela atividade de uma única gema apical, que persiste ao longo da vida. Nos bambus, o padrão de ramificação dos rizomas é conhecido como paquimorfo (simpodial) e leptomorfo (monopodial, sem perfilhamento) apresentando um subgrupo denominado anfimorfo (metamorfo), ou seja, um complexo sistema com padrão misto de ramificação.As espécies com rizoma leptomorfo estão geralmente distribuídas em regiões temperadas e são conhecidos como bambus alastrantes. Já as espécies com rizoma paquimorfo são típicas de regiões tropicais, também conhecidos como bambus entouceirantes (Hidalgo-Lópes 2003). Os anfimorfos estão distribuídos tanto nas regiões tropicais quanto nas temperadas, produzem rizomas com ramificação leptomorfo e paquimorfo na mesma planta e são conhecidos como semi-entouceirantes (McClure, 1966). O eixo vegetativo aéreo das gramíneas, incluindo os bambus é conhecido como colmo. São segmentados constituídos de nós e entrenós. Cada colmo surge diretamente do ápice do rizoma na presença de uma gema. O nó é o local em que a folha é produzida e a gema está associada ao nó presente na axila de suas folhas. O entrenó geralmente é fistuloso na maioria dos grupos, mas podem ser sólidos especialmente no gênero <em>Chusquea Kunth </em>e certas espécies como: <em>Guadua amplexifolia</em> J.Presl, <em>Guadua glomerata</em> Munro e <em>Merostachys ternata</em> Nees (Clark, 1997). As folhas do colmo são homólogas as folhas dos ramos, porém modificadas, cuja função principal é a proteção do colmo jovem. O desenvolvimento das gemas nos bambus lenhosos forma, geralmente, um complexo sistema de ramificação vegetativo, sendo um importante caráter taxonômico. Essa complexa ramificação presume uma adaptação pela competição por luminosidade, das quais, a rápida expansão da superfície fotossintética e posição ideal das folhas são fatores importantes (Judziewicz et al., 1999).O rizoma, colmo e ramos formam um sistema interconectado de eixos vegetativos segmentados (McClure, 1966). A inflorescência dos bambus é composta por um agregado de espiguetas bracteadas denominada de sinflorescência, conotando a sua natureza composta (Judziewicz et al., 1999). Os bambus lenhosos (Bambuseae) apresentam sinflorescência bissexual e florescimento monocárpico, enquanto que os bambus herbáceos (Olyreae) apresentam sinflorescência unissexual e florescimento sazonal (Filgueiras; Santos-Gonçalves, 2004).
Os bambus, em geral, são plantas extremamente rústicas que se adaptam bem em solos pobres com poucos nutrientes, sendo também recomendados para plantio em voçorocas para o controle de erosões profundas. As espécies de pequeno porte, porém, como crescem geralmente em ambiente de mata, preferem solos mais ricos em matéria orgânica e com umidade constante. Aulonemia aristulata (Döll) McClure apresenta hábito pendente a escandente, apresenta potencial ornamental e é recomendada para o enriquecimento de florestas em processo de restauração, ou seja, em estágios mais avançados de desenvolvimento (Shirasuna et al., 2013). Não existe relato de pragas limitantes ao cultivo dos bambus no Brasil, sendo a única exceção o Bamboo Mosaic Potexvirus (BaMV), já detectado no país em 1977 por Lin et al. (1977), porém não existe informação sobre os danos causados.
Shirasuna, R. T.; Tombolato, A. F. C.; Pinto, M. M. Bambusoideae. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 925-939.
Aulonemia xerophylla Aulonemia xerophylla P.L. Viana & Filg.
A subfamília Bambusoideae é caracterizada por plantas perenes, raro anuais, hábito rizomatoso com ramificação simples ou complexa, folhas pseudopecioladas, mesofilo com células invaginantes fortemente assimétricas associadas a células buliformes, fusóides, tricomas bicelulares alongados, folhas embrionárias com margens sobrepostas e plântulas sem a primeira folha (Judziewicz et al., 1999).Apresentam rizomas, ou seja, caules subterrâneos cuja função é armazenar reservas e auxiliar na reprodução vegetativa. São especialmente desenvolvidos nos bambus lenhosos, mas nos herbáceos exibem tipicamente alguma gradação de desenvolvimento. Geralmente existem dois padrões de ramificação: simpodial e monopodial. Na ramificação simpodial, várias gemas participam consecutivamente da formação de cada eixo e na monopodial o crescimento do caule se dá pela atividade de uma única gema apical, que persiste ao longo da vida. Nos bambus, o padrão de ramificação dos rizomas é conhecido como paquimorfo (simpodial) e leptomorfo (monopodial, sem perfilhamento) apresentando um subgrupo denominado anfimorfo (metamorfo), ou seja, um complexo sistema com padrão misto de ramificação.As espécies com rizoma leptomorfo estão geralmente distribuídas em regiões temperadas e são conhecidos como bambus alastrantes. Já as espécies com rizoma paquimorfo são típicas de regiões tropicais, também conhecidos como bambus entouceirantes (Hidalgo-Lópes 2003). Os anfimorfos estão distribuídos tanto nas regiões tropicais quanto nas temperadas, produzem rizomas com ramificação leptomorfo e paquimorfo na mesma planta e são conhecidos como semi-entouceirantes (McClure, 1966).O eixo vegetativo aéreo das gramíneas, incluindo os bambus é conhecido como colmo. São segmentados constituídos de nós e entrenós. Cada colmo surge diretamente do ápice do rizoma na presença de uma gema. O nó é o local em que a folha é produzida e a gema está associada ao nó presente na axila de suas folhas. O entrenó geralmente é fistuloso na maioria dos grupos, mas podem ser sólidos especialmente no gênero <em>Chusquea Kunth </em>e certas espécies como: <em>Guadua amplexifolia</em> J.Presl, <em>Guadua glomerata</em> Munro e <em>Merostachys ternata</em> Nees (Clark, 1997).As folhas do colmo são homólogas as folhas dos ramos, porém modificadas, cuja função principal é a proteção do colmo jovem. O desenvolvimento das gemas nos bambus lenhosos forma, geralmente, um complexo sistema de ramificação vegetativo, sendo um importante caráter taxonômico. Essa complexa ramificação presume uma adaptação pela competição por luminosidade, das quais, a rápida expansão da superfície fotossintética e posição ideal das folhas são fatores importantes (Judziewicz et al., 1999).O rizoma, colmo e ramos formam um sistema interconectado de eixos vegetativos segmentados (McClure, 1966). A inflorescência dos bambus é composta por um agregado de espiguetas bracteadas denominada de sinflorescência, conotando a sua natureza composta (Judziewicz et al., 1999). Os bambus lenhosos (Bambuseae) apresentam sinflorescência bissexual e florescimento monocárpico, enquanto que os bambus herbáceos (Olyreae) apresentam sinflorescência unissexual e florescimento sazonal (Filgueiras; Santos-Gonçalves, 2004).
Os bambus, em geral, são plantas extremamente rústicas que se adaptam bem em solos pobres com poucos nutrientes, sendo também recomendados para plantio em voçorocas para o controle de erosões profundas. As espécies de pequeno porte, porém, como crescem geralmente em ambiente de mata, preferem solos mais ricos em matéria orgânica e com umidade constante. Não existe relato de pragas limitantes ao cultivo dos bambus no Brasil, sendo a única exceção o Bamboo Mosaic Potexvirus (BaMV), já detectado no país em 1977 por Lin et al. (1977), porém não existe informação sobre os danos causados.
Shirasuna, R. T.; Tombolato, A. F. C.; Pinto, M. M. Bambusoideae. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 925-939.
Axonopus affinis Axonopus affinis Chase
Planta perene, estolonífera; nós glabros, raramente pubescentes; prefoliação conduplicada. Bainhas foliares glabras ou ciliadas no ápice, raramente ciliadas nas margens; lâminas lineares 3,5-12cm x 0,4-0,8cm, planas, ápice obtuso, glabras ou ciliadas na base, tricomas tuberculados de 2-3mm, caducos; lígula membranoso-ciliada 0,5-1mm. Inflorescência com 2-4 ramos conjugados ou subdigitados de 4-10 cm, colmo florífero no ápice do estolho; ráquis glabra. Espiguetas de 1,9-2,2mm x 0,7-0,8mm, gluma superior e lema inferior de comprimento subigual ao antécio superior, 2-4 nervados, nervuras pouco evidentes, nervura central ausente, obtusos, glabros ou curtamente pilosos sobre as nervuras; antécio superior 1,6-1,8mm, obtuso a subagudo, esverdeado na maturação, subcoriáceo, papiloso, glabro. Anteras roxas.
Espécie estolonífera; pode formar grandes manchas devido à presença dos estolões. Segundo Araújo (1971), as sementes germinam pouco, porém as mudas desenvolvem-se muito rapidamente. É resistente ao pastejo, de apetecibilidade média, considerada tenra a ordinária (Rosengurtt, 1979). As folhas de A. affinis analisadas apresentaram valores altos, tanto de proteína bruta quanto digestibilidade in vitro da matéria orgânica, 12,5% e 60,4%, respectivamente, segundo dados de Garcia (2005).
Boldrini, I.I. <em>Axonopus affinis</em>. In: Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011, cap. 5, pp. 299-300.
Axonopus aureus Axonopus aureus P. Beauv. Pata de Pava
Plantas perenes, ocorrendo de forma esparsa ou, quando cultivada, formando densas pastagens. Colmo ereto, 0,4-0,7 metros de comprimento, nós glabros. Lâminas lineares, planas ou conduplicadas, glabras a inconspicuamente escabras na face abaxial. Sinflorescência composta por 2-6 ramos unilaterais alternos, subconjugados ou subverticilados com (4-)5, 5-11cm de comprimento; ráquis com tricomas dourados nas margens. Espiguetas solitárias com dois antécios, não inseridas em escavações da ráquis, dispostas em pedicelos curtos com longos tricomas apicais dourados; gluma inferior ausente; gluma superior subigual a espigueta; antécio basal neutro, sem pálea; antécio superior bissexuado, coriáceo, lema e pálea castanho-escuros, papilosos. Cariopse 1,1 × 0,7mm (Valls et al., 2001).
Apresenta alta capacidade de resposta a adubação por fertilizantes nitrogenados. O peso seco, as características morfogênicas e estruturais são afetadas positivamente pela fertilização com nitrogênio. Respostas positivas à fertilização são obtidas, no período chuvoso, com aplicação de até 169 Kg/ha^^-1^^ de nitrogênio. Entretanto, o processo de senescência da planta é acelerado pela fertilização nitrogenada (Costa et al., 2013). Já no período seco, a máxima eficiência no uso da forragem produzida a partir de A. aureus é obtida entre 42 e 56 dias após a rebrota, o que reduz significativamente as perdas pela senescência foliar (Costa et al., 2012). Floresce e frutifica em novembro e de fevereiro a junho (Valls et al., 2001). Assemelha-se morfologicamente a Axonopus chrysoblepharis, da qual se distingue por apresentar nós glabros e espiguetas não inseridas em escavações da ráquis. Às vezes, estas duas espécies ocorrem simpatricamente.
Filgueiras, T. S.; Rodrigues, R. S. <em>Axonopus aureus</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 607-609.Oliveira, R.C.; Oliveira, R.P.; Rua, G.H. <em>Axonopus aureus</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 920-924.
Axonopus chrysoblepharis Axonopus chrysoblepharis (Lag.) Chase
Plantas perenes, ocorrendo de forma esparsa ou, quando cultivada, formando densas pastagens. Colmo ereto, 0,4-0,7 metros de comprimento, nós pubescentes ou pilosos. Lâminas lineares, planas a conduplicadas, glabras ou ciliada nas margens. Sinflorescência composta por 2-8 ramos unilaterais alternos, subconjugados ou subverticilados com 4,5-9cm de comprimento; ráquis com escavações e tricomas dourados nas margens. Espiguetas solitárias, com dois antécios, inseridas nas escavações da ráquis e dispostas em pedicelos curtos com tricomas apicais dourados; gluma inferior ausente; gluma superior subigual à espigueta; antécio basal neutro, sem pálea; antécio superior bissexuado, coriáceo, castanho-escuro, lema e pálea papilosos.
Floresce e frutifica em novembro e de fevereiro a junho. Assemelha-se morfologicamente a Axonopus aureus, da qual se distingue por apresentar nós pubescentes ou pilosos e espiguetas inseridas em escavações da ráquis. Eventualmente, estas duas espécies ocorrem simpatricamente. Não há dados experimentais sobre o cultivo desta espécie. Porém, como apresenta fortes afinidades morfológicas e ecológicas com Axonopus aureus, supõe-se que suas respostas à adubação sejam semelhantes aquela obtidas para A. aureus por Costa et al. (2012; 2013).
Filgueiras, T. S.; Rodrigues, R. S. <em>Axonopus chrysoblepharis</em>. In: Vieira, R. F.; Camillo, J.; Coradin, L. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Centro-Oeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2016, cap. 5, pp. 610-611.
Itens por página: