nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro - Região Norte, MMA 2022
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
O livro, disponibilizado no formato de lista, apresenta mais de 150 espécies nativas da Região Norte com valor econômico atual ou com potencial e que podem ser usadas de forma sustentável na produção de medicamentos, alimentos, aromas, condimentos, corantes, fibras, forragens como gramas e leguminosas, óleos e ornamentos. Entre os exemplos estão fibras que podem ser usadas em automóveis, corantes naturais para a indústria têxtil e alimentícias e fontes riquíssimas de vitaminas. Produzido pelo Ministério do Meio Ambiente o livro contou com a colaboração e o esforço de 147 renomados especialistas de universidades, instituições de pesquisa, empresas e ONGs do Brasil e do exterior. Por meio da disponibilização dessa obra no formato de lista, os usuários podem realizar filtros diversos, obter os registros das espécies disponíveis na plataforma, além de outras informações. Instituição publicadora: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade. Nome Completo do Responsável: Lidio Coradin, Julcéia Camillo e Ima Célia Guimarães Vieira. – Brasília, DF: MMA, 2022. Licença de uso: Licença de uso público com atribuição sem fins lucrativos (CC-BY-NC) Como citar: CORADIN, Lidio; CAMILLO, Julcéia; VIEIRA, Ima Célia Guimarães (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Norte. Brasília, DF: MMA, 2022. (Série Biodiversidade; 53). 1452p. Disponível em: . Acesso em: dia mês abreviado ano (sem virgula)
URL
https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade/manejo-euso-sustentavel/flora
Data de submissão
2022-08-30
Última atualização
2023-09-28
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Região Norte
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1661896856710

159 Número de táxons

133 Espécies Distintas

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Conobea scoparioides
Conobea scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth.
 
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Copaifera guyanensis
Copaifera guyanensis Desf.
Copaíba
 
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Copaifera martii
Copaifera martii Hayne
 
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Copaifera martii
Copaifera martii Hayne
 
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Copaifera multijuga
Copaifera multijuga Hayne
Copaíba-Branca
 
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Copaifera multijuga
Copaifera multijuga Hayne
Copaíba-Branca
 
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Copaifera reticulata
Copaifera reticulata Ducke
Copaíba-Branca
 
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Copaifera reticulata
Copaifera reticulata Ducke
Copaíba-Branca
 
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Costus spiralis
Costus spiralis (Jacq.) Roscoe
 
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Couepia bracteosa
Couepia bracteosa Benth.
Pajura
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Familia Nome popular Grupo kingdom Descricão taxonômica Importância ecológica Distribuição Fonte das informações
Conobea scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth Conobea scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth.
Plantaginaceae
Pataqueira
Aromáticas
Plantae
Ervas, 20-75cm altura, eretas a ascendentes, geralmente bastante ramificadas; raÏmos suberetos, glabros, quadrangulares, raramente subquadrangulares ou cilíndricos nas porções mais espessas; folhas opostas, glabras em ambas as faces, glanduloso-pontuadas ou glanduloso-foveoladas, sésseis, raramente pecioladas e, neste caso, com pecíolo pouco definido devido ao prolongamento do limbo foliar, lanceoladas, linear-lanceoladas, oval-lanceoladas, linear-oblanceoladas ou oblanceoladas, raramente lineares, elípticas ou ovais, ápice agudo, base atenuada, margem ligeiramente serreada em geral, raramente profundamente serreada, subinteira ou revoluta, (1,5-)2,2-9,3cm de comprimento, (0,15- )0,25-1,7(-2,0)cm de largura, internós 2,0-6,0(-9,5)cm de comprimento ; flores axilares, solitárias, menos frequentemente geminadas; pedicelo subereto a patente na floração, patente na frutificação, glabro, 0,9-1,5(-2,1)cm de comprimento, até 2,5 cm na frutificação; bractéolas opostas, inseridas junto ao cálice, glabras, linear-lanceoladas, ápice agudo, 0,1-0,15cm de comprimento, 0,05cm de largura, geralmente caducas; sépalas glabras, frequentemente ciliadas, esparsamente glanduloso-pontuadas, lanceoladas a oval-lanceoladas, ápice acuminado, 0,3-0,45cm de comprimento, 0,1-0,15cm de largura; corola azul, azul-violeta, azul-púrpura, lilás-azulada ou púrpura, com fauce amarela e lábio ventral com estrias azuis a alvas, com tubo esparsamente piloso externamente, 0,5-0,7cm de comprimento, lacínios suborbiculares, 0,2cm de comprimento, cápsula globosa, às vezes um pouco comprimida longitudinalmente, ápice arredondado, 0,3-0,5cm de comprimento, 0,3-0,5cm diâmetro (Souza et al., 2017). Apresenta flores brancas, azuis ou róseas (Maia et al., 2001).
Apresenta crescimento rápido, floresce e logo desaparece no meio da vegetação verde. É sensível ao fogo, porém é favorecida pelo solo resultante. Também pode ser encontrada em pastagens degradadas e floresce nos meses de abril a maio (Pott; Pott, 2000).
Espécie nativa, mas não endêmica do Brasil. , ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco), Centro-oeste (Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná) (Souza et al., 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-50
Copaifera guyanensis Desf Copaifera guyanensis Desf. Copaíba
Fabaceae
Copaíba
Medicinais
Plantae
Copaifera guyanensis é árvore com 10 a 30m altura, ritidoma cinza-esbranquiçado a castanho, com estrias longitudinais, superficiais, cerradas. Folhas com 3 a 4 pares de folíolos, pecíolo e raque glabros ou glabrescentes; estípulas interpeciolares caducas. Folíolos opostos, cartáceos ou coriáceos, oblongo-lanceolados ou ovado-lanceolados, retos, simétricos, base arredondada ou raramente cuneada, equilátera, ápice estreito acuminado e apiculado, faces adaxial e abaxial glabras, margens retas; nervura central adaxial impressa, glabra ou glabrescente, abaxial glabra ou glabrescente; venação laxa, conspícua na face adaxial; pontuações translúcidas distribuídas, preferencialmente, de forma homogênea em toda a lâmina, raramente imperceptível; peciólulos glabros ou glabrescentes. Inflorescências com 8 a 18cm de comprimento; bráctea, face abaxial pubescente, e adaxial glabra, tricomas nas margens; bractéolas, abaxial pubescentes, adaxial glabras com tricomas nas margens. Flores sésseis a subsésseis; sépalas externamente pubescentes; anteras de 1,6-2,8×0,8- 1,1mm; gineceu 4,5-6mm comprimento; ovário oblongo-obovado, estipitado, hirsuto na sutura e nervura principal do carpelo, no ápice e na base; estilete glabro de 1,8 a 3mm de comprimento. Frutos oblongo-obovados, elíptico-obovados ou oblongo-oblíquos, comprimidos lateralmente, estipitados, base sub-falcada ou falcada, ápice arredondado ou truncado; semente oblongo-globosa, arilo branco (Martins-da-Silva et al., 2008).
As copaibeiras preferem a luz direta para o seu desenvolvimento vegetativo. Em área de floresta podem alcançar, ou até superar, os 30m de altura em busca de luminosidade, contudo, em áreas de cerrado alcançam menor altura. Os solos onde são encontradas as copaibeiras em geral são areno-argilosos e de terra firme. Em geral, a maioria das copaibeiras estão associadas à tipologia de floresta ombrófila densa. Estudos realizados nas condições do estado do Acre, observou plantas ocorrendo tanto em ambiente predominantemente de floresta aberta quanto em ambiente de floresta densa. Ambientes abertos são mais favoráveis ao desenvolvimento de plantas jovens (Rigamonte-Azevedo, 2004).
C. guyanensis ocorre apenas na Região Norte (Amazonas).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-104
Copaifera martii Hayne Copaifera martii Hayne
Fabaceae
Copaíba
Medicinais
Plantae
Copaifera martii é um arbusto ou árvore de 2 a 40m de altura, ritidoma estriado, cinza-avermelhado a cinza-acastanhado. Folhas com 3 a 4 pares de folíolos, pecíolos e raque glabrescente, estípulas interpeciolares caducas. Folíolos opostos, coriáceos, oblongo-ovados, oblongo-elípticos, orbiculares, retos a subfalcados, assimétricos, base obtusa subequilátera, ápice arredondado ou acuminado, raro apiculado, faces adaxial e abaxial glabras, margens semi-revolutas na região basal; nervura central adaxial impressa, glabra, abaxial glabra ou glabrescente; venação congesta, inconspícua adaxial; pontuações translúcidas quase sempre ausentes; peciólulos glabros ou glabrescentes. Inflorescências com 7 a 15cm de comprimento (Figura 2B), bráctea face abaxial glabrescente, face adaxial glabra, tricomas nas margens; bractéola abaxial glabrescente, adaxial glabras, tricomas nas margens. Flores sésseis; sépalas externamente glabras ou glabrescentes, podendo apresentar raros tricomas na base e no ápice; anteras de 1,2-1,6×0,6-0,9mm; gineceu com 3,4 a 4,9mm de comprimento; ovário oblongo-elíptico a suborbicular, estipitado, hirsuto na base, margens e ápice; estilete com 1,8 a 2,7mm de comprimento. Frutos sub-orbiculares, raro oblíquos, comprimidos lateralmente, estipitado, base arredondada, ápice arredondado; semente oblongo-globosa, arilo branco (Martins-da-Silva et al., 2008).
As copaibeiras preferem a luz direta para o seu desenvolvimento vegetativo. Em área de floresta podem alcançar, ou até superar, os 30m de altura em busca de luminosidade, contudo, em áreas de cerrado alcançam menor altura. Os solos onde são encontradas as copaibeiras em geral são areno-argilosos e de terra firme. Em geral, a maioria das copaibeiras estão associadas à tipologia de floresta ombrófila densa. Estudos realizados nas condições do estado do Acre, observou plantas ocorrendo tanto em ambiente predominantemente de floresta aberta quanto em ambiente de floresta densa. Ambientes abertos são mais favoráveis ao desenvolvimento de plantas jovens (Rigamonte-Azevedo, 2004).A germinação ocorre em curto período, após a queda dos frutos, sugerindo que as espécies não formam banco de sementes ou plântulas. Analises da distribuição espacial de indivíduos e as classes de tamanho de plantas sugerem umadistribuição agrupada para indivíduos jovens e aleatório em plantas adultas. De modo geral,observa-se que as copaibeiras ocorrem em baixas densidades (0,07 a 2 árvores/ha), com estrutura populacional do tipo J invertido (Rigamonte-Azevedo et al., 2004).
C. martii ocorre nas regiões Norte (Amazonas, Pará e Tocantins) e Nordeste (Ceará, Maranhão e Piauí) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-106
Copaifera martii Hayne. Copaifera martii Hayne
Fabaceae
Copaíba
Ornamentais
Plantae
Arbusto ou árvore, com 2-40m de altura ; ritidoma estriado, cinza avermelhado a cinza-acastanhado. Folhas com 3-4 pares de folíolos, pecíolo e raque glabrescente, estípulas interpeciolares caducas. Folíolos opostos, coriáceos, oblongo-ovados, oblongo-elípticos, orbiculares, retos a subfalcados, assimétricos, base obtusa subequilátera, ápice arredondado ou acuminado, raramente apiculado, faces adaxial e abaxial glabras, margens semi-revolutas na região basal; nervura central adaxial impressa, glabra, abaxial glabra ou glabrescente; venação congesta (média 16,8 aréolas/mm2), inconspícua adaxial; pontuações translúcidas quase sempre ausentes; peciólulos glabros ou glabrescentes. Inflorescências com 7-15cm de comprimento, face abaxial glabrescente, face adaxial glabra, tricomas nas margens. Flores sésseis, sépalas externamente glabras ou glabrescentes, podendo apresentar raros tricomas na base e no ápice, ovário oblongo-elípitico a suborbicular, estipitado, hirsuto na base, margens e ápices. Frutos suborbiculares, raramente oblíquos, comprimidos lateralmente, estipitado, base arredondada, ápice arredondado, semente 1(2) oblongo-globosa, arilo branco (Martins-da-Silva et al., 2006; 2008)
A floração e a frutificação se iniciam a partir dos cinco anos de idade e se concentram nos meses de junho a outubro, com variações dependendo do clima da região (Veiga-Júnior; Pinto, 2001). Copaifera martii, quando ocorre em área de mata fechada pode atingir até 40m de altura ou mais, os folíolos são menos coriáceos do que quando se desenvolvem em ambientes mais abertos, como os campos ou asareias de ambientes costeiros e, até mesmo, as capoeiras. Entretanto, o brilho dos folíolos está, provavelmente, ligado à fase de maturação desses órgãos que, quando mais jovens, são mais brilhantes (Martins-da-Silva et al.,2006).
Planta nativa mas não endêmica do Brasil, com ocorrência confirmada nas regiões Norte (Amazonas, Pará, Tocantins) e Nordeste (Ceará, Maranhão e Piauí) (Costa, 2017).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-146
Copaifera multijuga Hayne Copaifera multijuga Hayne Copaíba-Branca
Fabaceae
Copaíba
Aromáticas
Plantae
Copaifera multijuga é uma árvore de 15-60m de altura , 6,5-118cm de DAP; ritidoma cinza a cinza-avermelhado, estrias estreitas verticais superficiais. Folhas compostas com 6-10 pares de folíolos, pecíolo e raque pubescentes a hirsutos, folíolos alternos, coriáceos, oblongo-lanceolados, base arredondada ou cuneada, ápice estreito-acuminado, faces adaxial e abaxial glabras; margens retas. Flores sésseis; sépalas externamente glabras. Frutos suborbiculares , oblongo-obovados ou oblongo-oblíquos, arilo amarelo (Martins-Silva et al., 2008).
A fitossociologia da floresta de Tapajós mostrou que C. multijuga apresentou abundância de 13 indivíduos a cada 10 hectares, representando a espécie mais importante da floresta, com índice de valor de importância (IVI=0,39) (Soares; Carvalho, 1998). Estudos de regenaração natural mostraram que a espécie possui alto potencial de regeneração e que é silvilculturalmente interessante. O seu manejo para fins não-madereiros torna-se possível devido a sua alta produção de sementes, alta taxa de germinação, com cerca de 80%, e pelo fato de sua dispersão ser do tipo barocórica (Alencar, 1981; 1984). Quanto as suas características ecológicas e fenológicas, C. multijuga é heliófita, ou seja, não tolerante a sombra, o que pode prejudicar o desenvolvimento de plântulas sob alta cobertura de dossel (Langenheim, 1981). Sua floração ocorre entre fevereiro a abril e a frutificação entre o período de abril a julho (Alencar, 1988).
Copaifera multijuga é uma espécie nativa, porém não endêmica do Brasil, ocorre nas regiões Norte (Amazonas, Pará e Rondônia) e Centro-Oeste (Mato Grosso)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-51
Copaifera multijuga Hayne Copaifera multijuga Hayne Copaíba-Branca
Fabaceae
Copaíba
Medicinais
Plantae
Copaifera multijuga é árvore com 15 a 60m de altura; às vezes com sapopemas, ritidoma cinza a cinza-avermelhado, estrias estreitas verticais superficiais. Folhas com 6 a 10 pares de folíolos, pecíolos e raque pubescentes a hirsutos; estípulas interpeciolares caducas. Folíolos alternos, coriáceos, oblongo-lanceolados, falcados, assimétricos, base arredondada ou cuneada, ápice estreito-acuminado, atenuado à margem interna e abrupto à margem externa, falcado, faces adaxial e abaxial glabras; margens retas; nervura central impressa na face adaxial ou semi-plana, pubescente a glabrescente, face abaxial hirsuta ou pubescente, com muitos ou raros tricomas; venação congesta, inconspícua adaxial; pontuações translúcidas distribuídas, preferencialmente, de forma homogênea em toda a lâmina; peciólulos pubescentes ou hirsutos. Inflorescências com 5,1-12cm comprimento; bráctea, faces abaxial e adaxial glabras, tricomas nas margens; bractéolas, faces abaxial e adaxial glabras, tricomas nas margens. Flores sésseis; sépalas externamente glabras, ovário oblongo a oblongo-elíptico, estipitado, totalmente hirsuto; estilete com 2,9-3,9mm de comprimento. Frutos suborbiculares, oblongo-obovados ou oblongo-oblíquos, comprimidos lateralmente, estipitados, base falcada ou subfalcada; semente oblongo-globosa, nigrescente, arilo amarelo (Martins-da-Silva et al., 2008).
As copaibeiras preferem a luz direta para o seu desenvolvimento vegetativo. Em área de floresta podem alcançar, ou até superar, os 30m de altura em busca de luminosidade, contudo, em áreas de cerrado alcançam menor altura. Os solos onde são encontradas as copaibeiras em geral são areno-argilosos e de terra firme. Em geral, a maioria das copaibeiras estão associadas à tipologia de floresta ombrófila densa. Estudos realizados nas condições do estado do Acre, observou plantas ocorrendo tanto em ambiente predominantemente de floresta aberta quanto em ambiente de floresta densa. Ambientes abertos são mais favoráveis ao esenvolvimento de plantas jovens (Rigamonte-Azevedo, 2004). C. multijuga floresce de janeiro a abril e frutifica de março a agosto. A germinação ocorre em curto período, após a queda dos frutos, sugerindo que as espécies não formam banco de sementes ou plântulas. Analises da distribuição espacial de indivíduos e as classes de tamanho de plantas sugerem uma distribuição agrupada para indivíduos jovens e aleatório em plantas adultas. De modo geral, observa-se que as copaibeiras ocorrem em baixas densidades (0,07 a 2 árvores/ha), com estrutura populacional do tipo J invertido (Rigamonte-Azevedo et al., 2004
C. multijuga ocorre nas regiões Norte (Amazonas, Pará e Rondônia) e Centro-Oeste (Mato Grosso)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-105
Copaifera reticulata Ducke Copaifera reticulata Ducke Copaíba-Branca
Fabaceae
Copaíba
Aromáticas
Plantae
Copaifera reticulata é uma árvore de 15-60m de altura e 16-98cm de DAP, podendo apresentar discretas sapopemas, ritidoma estriado, cinza-rosado. Folhas com 4–6 pares de folíolos, pecíolo e raque pubescentes ou glabrescentes, pecíolos 0,6–2,0cm de comprimento, raque 6,0–12,3cm de comprimento. Folíolos alternos ou subopostos, cartáceos, raramente coriáceos, oblongos ou ovadoelípticos, falcados a subfalcados, assimétricos, base obtusa subequilátera, raramente cuneada, ápice acuminado, podendo apresentar apículo, os distais 3,3–6,2×1,1–2,5cm, os proximais 2,0–4,4×1,7–2,7cm e os medianos 2,9–6,1×1,1–2,3cm, faces abaxial e daxial glabras, margens retas; nervura central ambas as faces proeminente, pubescente ou glabrescente; venação laxa (média 9,3 aréolas/mm2), conspícua na face adaxial; pontuações translúcidas geralmente presentes; peciólulos pubescentes ou glabrescentes, 0,2–0,8cm de comprimento.
A floração de C. reticulata ocorre de janeiro a março e a frutificação ocorre de março a outubro (Muniz, 2008). A germinação das sementes de copaíba ocorre em um curto período de tempo e, pelo fato das sementes caírem ao pé da árvore, observa-se uma grande quantidade de plântulas, alguns meses depois da frutificação. As sementes são muito apreciadas por animais (tatu, jabuti, cutia, paca, etc) e a dispersão é do tipo barocórica (atua a força da gravidade), ocorrendo ainda a dispersão por aves, que as levam a grandes distâncias (Rigamonte-Azevedo et al., 2004).
Copaifera reticulata ocorre nas regiões Norte (Amapá, Pará e Roraima) e Centro-Oeste (Mato Grosso)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-52
Copaifera reticulata Ducke Copaifera reticulata Ducke Copaíba-Branca
Fabaceae
Copaíba
Medicinais
Plantae
Copaifera reticulata é árvore de 30 a 40m de altura, podendo apresentar discretas sapopemas, ritidoma estriado, cinza-rosado . Folhas com 4 á 6 pares de folíolos, pecíolo e raque pubescentes ou glabrescentes. Folíolos alternos ou subopostos, cartáceos, raramente coriáceos, oblongo ou ovado-elípticos, falcados a subfalcados, assimétricos, base obtusa, raramente cuneada, ápice acuminado, podendo apresentar apículo, faces abaxial e adaxial glabras, margens retas; nervura central, ambas as faces proeminentes, pubescente ou glabrescente; venação laxa, conspícua na face adaxial; pontuações translúcidas geralmente presentes; peciólulos pubescentes ou glabrescentes. Inflorescências (Figura 2A) com 6 a 15cm de comprimento; bráctea, face adaxial glabrescente e adaxial glabra, tricomas nas margens. Flores subsésseis; sépalas externamente glabrescentes ou glabras; anteras de 1,2-1,6 x 0,6-0,9mm; gineceu 3,9 a 5,8mm de comprimento, ovário oblongo-elíptico, estipitado, hirsuto na sutura e nervura principal do carpelo, ápice e base; estilete 2-3,3mm de comprimento. Frutos obovados , suborbiculares, podendo apresentar-se oblíquos, comprimidos lateralmente, base falcada ou subfalcada, ápice arredondado; semente com arilo amarelo-alaranjado (Martins-da-Silva et al., 2008).
As copaibeiras preferem a luz direta para o seu desenvolvimento vegetativo. Em área de floresta podem alcançar, ou até superar, os 30m de altura em busca de luminosidade, contudo, em áreas de cerrado alcançam menor altura. Os solos onde são encontradas as copaibeiras em geral são areno-argilosos e de terra firme. Em geral, a maioria das copaibeiras estão associadas à tipologia de floresta ombrófila densa. Estudos realizados nas condições do estado do Acre, observou plantas ocorrendo tanto em ambiente predominantemente de floresta aberta quanto em ambiente de floresta densa. Ambientes abertos são mais favoráveis ao desenvolvimento de plantas jovens (Rigamonte-Azevedo, 2004). C. reticulata floresce de janeiroa março, com frutificação de março a agosto. Os frutos são muito apreciados pelos animaissilvestres, seus principais dispersores. . A germinação ocorre em curto período, após a queda dos frutos, sugerindo que as espécies não formam banco de sementes ou plântulas. Analises da distribuição espacial de indivíduos e as classes de tamanho de plantas sugerem uma distribuição agrupada para indivíduos jovens e aleatório em plantas adultas. De modo geral, observa-se que as copaibeiras ocorrem em baixas densidades (0,07 a 2 árvores/ha), com estrutura populacional do tipo J invertido (Rigamonte-Azevedo et al., 2004
Copaifera reticulata possui ocorrência confirmada nas regiões Norte (Amapá, Pará e Roraima) e Centro-Oeste (Mato Grosso)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-103
Costus spiralis (Jacq.) Roscoe Costus spiralis (Jacq.) Roscoe
Zingiberaceae
Canarana
Medicinais
Plantae
Planta herbácea de colmo roliço, cheio, piloso, rijo, medindo até 80cm de altura: folhas alternas, pilosas, oblongas, membranáceas, dotadas de bainhas papiráceas, ápice agudo, pedúnculos curtos, folhas de até 20cm de comprimento e 8cm de largura, cor verde clara. Flores amarelas em espigas terminais com brácteas cor de marfim: frutos em cápsulas contendo algumas sementes: raízes rizomáticas (Pimentel, 1994). Possui corola e labelo vermelho-rosados, labelo 25-30mm; brácteas vermelhas ; base foliar cuneada a arredondada. É uma espécie hermafrodita, homogâmica e autocompatível, mas não apresenta autopolinização espontânea e nem apomixia (Maas; Maas, 2003; Araújo; Oliveira, 2007).
A floração da espécie é variável conforme a região. Nas condições de Minas Gerais, C. spiralis inicia a floração em dezembro, com pico nos meses de janeiro e fevereiro, podendo estender-se até maio. A frutificação ocorre de março a junho. As plantas são alógamas, sendo polinizada principalmente por beija-flores (Araújo; Oliveira, 2007). Com relação ao cultivo, a espécie prefere área úmida, sendo recomendável o plantio durante a época mais chuvosa , porém, as plantas podem suportar pequenos veranicos. O cultivo pode ser feito em covas ou sulcos espaçados de 0,5m entre plantas e 1m entre linhas, adubados com matéria orgânica. Na colheita são retiradas as hastes maiores, propiciando o desenvolvimento de novos perfilhos.
Espécie nativa, mas não endêmica do Brasil. Ocorre em todas as regiões.
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-107
Couepia bracteosa Benth. Couepia bracteosa Benth. Pajura
Chrysobalanaceae
Pajurá
Alimentícias
Plantae
Espécie de habito arbóreo, porte mediano quando cultivada, com altura média entre 10 a 20m e tronco de 50cm de diâmetro, casca delgada, áspera, copa densa e espalhada. Em alguns casos as árvores podem alcançar altura de até 25m (Cavalcante, 1996). Folhas alternadas, simples, pecíolo de 1,5cm de comprimento, de lâmina coriácea, ovado-eliptica a oblonga, margem inteira, ápice acuminado, base arredondada, truncada, obtusa ou subcordiforme, com cerca de 20cm de comprimento e 12cm de largura, pulverulenta, verde brilhante na face superior e cinza marrom na face inferior. Inflorescências em panículas terminais, racemiformes, e flores hermafroditas, pequenas, zigomorfas, branca, glabas com margens ciliadas. Fruto drupa globosa, com epicarpo pardo e áspero, mosqueado de numerosas pontuações brancacentas, mesocarpo (parte comestível) espesso, amarelo pardo, textura carnosa-granulosa, oleoginoso, doce, saboroso. Endocarpo delgado, lenhoso, frágil, contendo uma grande semente (Falcão et al., 1981; Cavalcante, 1996)
Planta secundaria da floresta Amazônica, com dispersão irregular, crescendo tanto no interior da floresta densa quanto em capoeiras, em terra firme (Lorenzi 1992). Normalmente o plantio é consorciado com diferentes espécies em pomares domésticos. Devido à copa ampla, o cultivo deve ser no espaçamento 6x6m. Floresce principalmente de outubro a março. Os frutos amadurecem de setembro a fevereiro. Contudo, em função das condições climáticas e manejo da cultura, há variações no período de floração e frutificação.
A espécie Couepia bracteosa é nativa no território brasileiro, mas não é endêmica do Brasil. De acordo com a Flora do Brasil (2018) a espécie tem distribuição geográfica restrita à Região Norte, com ocorrência confirmada nos estados do Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia. Cavalcante (1996) relatou que a espécie é nativa da Bacia Amazônica com distribuição desde a parte Central até as Guianas. No Pará, ocorre até Santarém, próximo à região do Baixo Amazonas.
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-11
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