nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro - Região Norte, MMA 2022
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
O livro, disponibilizado no formato de lista, apresenta mais de 150 espécies nativas da Região Norte com valor econômico atual ou com potencial e que podem ser usadas de forma sustentável na produção de medicamentos, alimentos, aromas, condimentos, corantes, fibras, forragens como gramas e leguminosas, óleos e ornamentos. Entre os exemplos estão fibras que podem ser usadas em automóveis, corantes naturais para a indústria têxtil e alimentícias e fontes riquíssimas de vitaminas. Produzido pelo Ministério do Meio Ambiente o livro contou com a colaboração e o esforço de 147 renomados especialistas de universidades, instituições de pesquisa, empresas e ONGs do Brasil e do exterior. Por meio da disponibilização dessa obra no formato de lista, os usuários podem realizar filtros diversos, obter os registros das espécies disponíveis na plataforma, além de outras informações. Instituição publicadora: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade. Nome Completo do Responsável: Lidio Coradin, Julcéia Camillo e Ima Célia Guimarães Vieira. – Brasília, DF: MMA, 2022. Licença de uso: Licença de uso público com atribuição sem fins lucrativos (CC-BY-NC) Como citar: CORADIN, Lidio; CAMILLO, Julcéia; VIEIRA, Ima Célia Guimarães (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Norte. Brasília, DF: MMA, 2022. (Série Biodiversidade; 53). 1452p. Disponível em: . Acesso em: dia mês abreviado ano (sem virgula)
URL
https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade/manejo-euso-sustentavel/flora
Data de submissão
2022-08-30
Última atualização
2023-09-28
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Região Norte
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1661896856710

159 Número de táxons

133 Espécies Distintas

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Acioa edulis
Acioa edulis Prance
Castanha de Cutia
 
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Acioa longipendula
Acioa longipendula (Pilg.) Sothers & Prance
Castanha de Galinha
 
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Acmella oleracea
Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen
Agrião
 
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Ananas ananassoides
Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm.
 
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Ananas lucidus
Ananas lucidus Mill.
 
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Andira inermis
Andira inermis (W.Wright) DC.
 
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Aniba parviflora
Aniba parviflora (Meisn.) Mez
 
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Aniba rosiodora
Aniba rosiodora Ducke
Pau-Rosa
 
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Anthurium gracile
Anthurium gracile (Rudge) Lindl.
 
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Arachis repens
Arachis repens Handro
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Familia Nome popular Grupo kingdom Descricão taxonômica Importância ecológica Distribuição Fonte das informações
Acioa edulis Prance Acioa edulis Prance Castanha de Cutia
Chrysobalanaceae
Castanha-de-cutia
Alimentícias
Plantae
Acioa edulis é árvore, com altura média de 15 a 25m, copa com 12 a 15m de diâmetro, tronco com casca áspera, de coloração parda, 30 a 50cm de diâmetro. Folhas simples, alternas, pecioladas, lâmina glabra, levemente discolor, com duas glândulas próximas da base na face inferior. Formato elíptica, de 7 a 17cm de comprimento e 5 a 12cm de largura, base arredondada, ápice curtamente acuminado; nervação quase indistinta, exceto a nervura central. A inflorescência é uma panícula curta e muito ramificada, com 5cm a 10cm de comprimento, com umas 20 pequenas flores assimétricas e bissexuais. Receptáculo cônico, 6-7mm de comprimento, 5 sépalas, arredondadas, 3-5mm de comprimento, pétalas brancas; os estames longos, em número de 17 a 20 e em duas fileiras; o ovário unilocular, com 2 óvulos. O fruto é uma drupa oblonga, medindo 6 a 9cm por 4 a 5cm, casca rígida lenhosa, fibrosa, com 0,8 a 1,0cm de espessura. As amêndoas são elípticas de cor branca, tamanho entre 4-5 por 2-3cm e peso em torno de 15-20g, representando cerca de 29% do peso do fruto (Prance, 1975; Cavalcante, 1996; Souza et al., 1996; Kinupp; Lorenzi, 2014).
A casca do fruto de Acioa edulis é fibrosa, com alto teor de lignina, baixa absorção de água e alta resistência à degradação natural e altamente resistente, podendo ser aproveitada como matéria-prima para queima, confecção de carvão ou como aditivo em materiais estruturais (Assis; Pessoa 2009).
A espécie Acioa edulis é nativa e endêmica no território brasileiro. Tem sua distribuição geográfica confirmada na Região Norte (Amazonas), ocorrendo na Bacia do Médio Solimões, de Coari a Tonantins, e na Bacia do Médio Purus
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-1
Acioa longipendula Pilg Acioa longipendula (Pilg.) Sothers & Prance Castanha de Galinha
Chrysobalanaceae
Castanha-de-galinha
Alimentícias
Plantae
Acioa longipendula apresenta hábito arbóreo, porte mediano a alto, porém em função das condições edafoclimáticas e da vegetação do local onde se encontra, apresenta altura de 4 a 30m e tronco de 10 a 40cm de diâmetro. A copa é densa, com ramos relativamente pêndulos. As folhas são simples, com 9,5 a 16cm de comprimento, pecíolo 5,0-5,9mm, alterna- -dísticas, elípticas ou ovais, cartáceas, base arredondada, ápice acuminado, margem inteira e revoluta, lâmina glabra, discolor, face adaxial verde-escura e face abaxial verde-clara. Inflorescência em panículas, em pedúnculo longo, filiforme e pendente, com até 1m de comprimento. Flores vistosas devido aos numerosos estames róseo-púrpuros. O fruto é uma drupa, oval ou elipsoide, base e ápice arredondado, de cor verde, passando paraverde-rosado, posteriormente,marrom com a maturação. O peso é variado, podendo-se encontrar frutoscom valores médios de 28 a 48gou, até mesmo acima de 50g. O diâmetro longitudinal médio é de 7 a 10 cm e diâmetro transversalde 5-6cm, de forma semelhante ao ovo de galinha, de onde procede o nome vulgar. Epicarpo delgado, 0,2cm, pubescente, cor esverdeada, se solta naturalmente. Mesocarpo 0,5-0,7cm de espessura, seco, fibroso, com fibras marrom-esbranquiçadas. Cálice permanente. Possui uma semente com cerca de 3x2cm de tamanho, peso entre 4-7g, rica em óleo e muito apreciada como parte comestível do fruto (Cavalcante, 1996; Souza et al., 1996; Isacksson, 2018).
Rodrigues (1976) relatou que a amêndoa desengordurada de Acioa longipendula tem coloração clara, de ótimo sabor, com elevado teor de proteínas (32,5%), fibra bruta (10,6%) e cinza (8,3%), sendo recomendada para uso na alimentação humana e animal. O autor relatou ainda a importância do óleo produzido na amêndoa, 75% a 80%, de coloração amarelo-esverdeada e indicado para uso alimentício. Acioa longipendula, devido ao seuporte e à bela floração rósea, tem potencial de uso também no paisagismo.Loureiro et al. (1979),
endêmica no Brasil, apresenta ocorrência na Região Norte, no estado do Amazonas, frequente na região de Manaus, com registro no Médio Rio Negro, e Purus; e no Pará até a boca do Rio Trombetas, em Oriximiná
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-2
Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen Agrião
Asteraceae
Jambu
Condimentares
Plantae
Erva medindo entre 30-40cm de altura, ereta, ramificada, base lenhosa. Caule subcilíndrico, sulcado, glabro, espaçadamente quase sempre piloso no ápice; entrenós 1,5-10cm de comprimento. Folhas com 4,0-7,5cm de comprimento e 3-5cm de largura, ovaladas, deltoides ou cordiformes, membranáceas, decussadas, face adaxial glabra, abaxial glabra a espaçadamente pilosa sobre as nervuras, coloração verde, concolor, ápice agudo, base atenuada, margem serreada, pontuações glandulares ausentes; pecíolo 1,0-2,5cm de comprimento; nervação camptódroma-eucamptódroma. Inflorescências tipo capítulo, com 2,0-2,5cm de altura e 1,0-1,6cm de diâmetro, discoides, na maioria das vezes solitários ou dispostos aos pares no ápice dos ramos; pedúnculo 5,5- 17,0cm de comprimento, glabro a espaçadamente piloso; invólucro cônico, bi ou trisseriado; brácteas involucrais da série externa 7-8mm de comprimento e 1-3mm de largura, linear- -lanceoladas, esverdeadas, margem fimbriada, ápice agudo, podendo ser obtuso, face externa estrigosa, face interna glabra; as da série interna medem entre 6-7mm de comprimento e 2mm de largura, lanceoladas, estrigosas na face externa, margem membranácea fimbriada, ápice agudo; receptáculo 9-12mm de comprimento e 2-6mm de diâmetro, cilíndrico. Flores 500-830, andróginas, tubulosas; corola medindo em média 3mm de comprimento, tubo bem distinto do limbo, glabra, amarela, lacínios 5, com 1mm de comprimento, agudos, papilosos internamente; anteras 0,9-1,0mm de comprimento, tecas enegrecidas (Silva, 2008).
As plantas apresentam grande variabilidade morfológica, sendo observada variações, principalmente, nas quantidades de sementes produzidas pelos diferentes materiais botânicos disponíveis na Amazônia. As variedades cultivadas nos municípios do entorno de Belém (PA) produzem inflorescências maiores, com mais de 300 sementes, enquanto que o jambu nativo das áreas alagadas do município de Breves (PA), produz menos de 10 sementes por inflorescência (Gusmão, 2013a).
uma espécie bastante cosmopolita, com ocorrência em vários continentes (América, África, Ásia) e especialmente comum na América do Sul. No Brasil apresenta ocorrência confirmada nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima), Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Flora do Brasil, 2018)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-62
Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm. Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm.
Bromeliaceae
Abacaxi-ornamental
Ornamentais
Plantae
Planta terrícola, com aproximadamente 55cm de altura. Roseta não formando cisterna. Folhas coriáceas, patentes com ápice recurvado; bainha com 9×3,5cm, estreito-oblonga, margem aculeada na porção distal; lâmina com 100×2,5cm, linear, ápice atenuado, margem aculeada. Inflorescência simples, congesta; pedúnculo com 40cm de comprimento, lepidoto; brácteas do pedúnculo róseas, maiores que os entrenós, semelhantes às lâminas foliares, 11-53×1-1,3cm, patentes, lanceoladas a elípticas, ápice atenuado, margem aculeada, lepidotas; brácteas de primeira ordem muito reduzidas, semelhantes as brácteas florais; brácteas florais 1-1,4×0,4-0,6cm, lanceoladas, ápice atenuado, margem aculeada, lepidotas. Flores polísticas, sésseis; sépalas 3-4×0,5-0,7cm, assimétricas, largo-ovais, conatas na base, ápice emarginado, densamente alvo-lanuginosas; pétalas 1,1-1,3×0,3-0,4cm, eretas, cuculadas, alvas com ápice lilás; estames inclusos, aproximadamente 1cm de comprimento, alvo-amarelados; estigma incluso, 2mm de comprimento; estilete com 1cm de comprimento; ovário 5mm de comprimento, glabro. Infrutescência 4-4,6cm de comprimento , amarelo-esverdeada.
As flores de A. ananassoides possuem pétalas firmemente sobrepostas formando um tubo de cerca de 20mm de comprimento, desde o ápice da corola até a região onde ocorre acúmulo de néctar. A abertura floral inicia entre 03:30h e 04:00h e finaliza por volta das 06:00h, quando os lobos da corola se encontram completamente curvados para fora. A antese tem duração de, aproximadamente, 12 horas e, no final do dia, por volta das 17:00h, os ápices apresentam-se torcidos no centro da corola, impossibilitando completamente o acesso ao interior do tubo. A. ananassoides tem ampla guilda de visitantes florais, incluindo representantes de diversos grupos, tais como Hymenoptera, Lepidoptera e Trochilidae, indicando que esta espécie é uma importante fonte de recurso para a fauna associada. Moscas e formigas podem ser encontradas sobre as inflorescências em todos os períodos do dia, e acredita-se que sejam atraídas pelo odor adocicado liberado pela planta e que se alimentem de secreções líquidas e gelatinosas observadas na superfície da inflorescência. Abelhas pequenas(Trigona spinipes e Plebeia droryana) também são visitantes florais de A. ananassoides, desde o amanhecer até o entardecer, sendo especialmente frequentes nos períodos mais quentes do dia. Além disso, beija-flores (Phaethornis pretrei e Chlorostilbon aureoventris) foram identificados como polinizadores legítimos (Barbosa-Filho; Araújo, 2007).
Esta espécie é nativa do Brasil, mas não endêmica. É amplamente cultivada nos trópicos, com ocorrência confirmada nas regiões Norte (Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Flora do Brasil, 2017; Monteiro, 2020).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-139
Ananas lucidus Mill. Ananas lucidus Mill.
Bromeliaceae
Curauá
Fibrosas
Plantae
Planta herbácea, com sistema radicular fasciculado e superficial e altura de até 1,5m de comprimento; folhas lanceadas, de coloração verde ou avermelhada; ápice atenuado, mucronado, margens lisas, serrilhada ou serrada; fibrosas e com pouca mucilagem. Especificamente, no curauá, as folhas são predominantemente de bordos lisos até a completa maturidade das plantas, quando surgem vários espinhos nas laterais. Inflorescências de coloração entre avermelhada ou rosada ; coroa de bráctea estéril presente; de formato globoso ou oblongo-elíptico; as flores apresentam brácteas florais conspícuas maiores que o ovário; pétala lineares de coloração lilás ou rósea, com ápice agudo e apêndices presentes; sépalas ovais com ápice agudo e coloração verde ou avermelhada. O fruto é sincárpico pouco suculento, com pedúnculo na forma de haste cilíndrica, medindo cerca de 20cm de comprimento. Ao redor da base e da coroa do fruto surgem abundantes brotações (Ledo, 1967; Flora do Brasil, 2018).
O curauá é capaz de se desenvolver em solos pobres, arenosos e areno-argilosos. De acordo com Cordeiro (2007), a planta suporta níveis de sombreamento que varia entre 50% a 75%, apresentando inclusive melhor desenvolvimento de folhas.
De acordo com a Flora do Brasil (2018) A. lucidus é planta nativa, não endêmica do Brasil, com distribuição também em outros países de clima tropical no Continente Americano. No Brasil, ocorre nas regiões Norte (Amazonas, Amapá, Pará, Roraima), Nordeste (Bahia, Ceará) e Sudeste (São Paulo)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-77
Andira inermis (W.Wright) DC Andira inermis (W.Wright) DC.
Fabaceae
Morcegueira
Ornamentais
Plantae
Árvore com até 25m de altura, tronco reto, com ramos horizontais ou ascendentes e a copa arredondada e densa . Casca externa escamosa, cinza a pardo escuro; interna de cor creme-pardo a pardo, laminada; com cerca de 10mm de espessura. Folhas com gemas de até 6 mm, ovoides, cobertas por várias estípulas, pardo escuras ou ferruginosas, densamente pubescentes. Estípulas 2, de 3 a 5mm, lanceoladas, agudas, pubescentes, caducas. Folhas dispostas em espiral, imparipinadas, de 15 a 20cm de comprimento, incluindo o pecíolo; compostas de 11 a 13 folíolos opostos ou alternos, com um par de estípulas caducas entre cada par de folíolos, de 3x1,2 a 7,5x2,5cm, oblongos ou elípticos com a margem inteira, ápice agudo ou acuminado, base arredondada ou truncada, verde-escuros e brilhantes na face adaxial e verde-amarelados na abaxial, glabros em ambas as superfícies; ráquis com escassa pubescência; pecíolos pulvinados; peciólulos de 3 a 5mm; glabros ou com escassa pubescência, pulvinados.
Andira inermis é polinizada principalmente por morcegos (origem do nome popular morcegueira), mas também pode ser polinizada por abelhas. A floração ocorre entre fevereiro e abril (Frankie, 1975) e os frutos amadurecem a partir de meados de maio até o final de junho (Janzen et al., 1976). O fruto de morcegueira, uma vez que cai da árvore, pode ser disperso por pequenos roedores, formigas e insetos. Além disso, os espécimes que ocorrem em beira de rios podem ter suas sementes dispersas pela água (Pennington; Lima, 1995).
Andira inermis é considerada endêmica do Brasil, onde ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia), Nordeste (Maranhão), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais) e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-140
Aniba parviflora (Meisn.) Mez Aniba parviflora (Meisn.) Mez
Lauraceae
Macacaporanga
Aromáticas
Plantae
Aniba parviflora é uma árvore de porte médio, 3-5m de altura, com copa folhosa, ramos ascendentes rígidos. Ritidoma marrom pardo liso e opaco. Ramos nas porções em crescimento angulosos, gêmula apical transverso falcarado, opaco, pardo-marrom tomentoso. Folhas simples, coriáceo-cartáceas, alterno-espiraladas. Limbo oblongo espatulado; 7-9cm de comprimento e largura máxima 4cm no terço distal, ápice obtuso, base acuminada, dorsiventrais; verde opacas na face abaxial e verde lustroso adaxial. Pecíolo curto, 0,8-1cm, anguloso tomentoso. Enervação penada, secundárias camptódroma. Flores reunidas em cachos axilares, raque pardo tomentoso, 3-5cm, flores pequenas 2-3mm, amareladas. Fruto drupáceo oblongo-cilíndrico, imerso em um hipanto cupuliforme marcescente aderente ao pericarpo, marrom fibroso e seco. Epicarpo coriáceo, roxo escuro opaco.
O padrão de floração de A. parviflora pode ser considerado irregular e sua floração subanual. Isto é, ocorrência de mais de um ciclo de florescimento por ano (Newstrom et al., 1994). A presença constante de flores na população pode atuar como atrativo para polinizadores durante todo o ano (Piedade-Kiill; Ranga, 2000).
São nativas e endêmicas do Brasil, restritas à Região Norte. Aniba parviflora ocorre no Acre, Amazonas, Pará e Amapá
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-48
Aniba rosiodora Ducke Aniba rosiodora Ducke Pau-Rosa
Lauraceae
Pau-rosa
Aromáticas
Plantae
Aniba rosiodora é árvore de grande porte, podendo atingir 30m de altura e 2m de diâmetro. O tronco é retilíneo e ramificado no ápice, formando uma copa pequena. Possui casca pardo–amarelada ou pardo-avermelhada, aromática que se desprende em grandes placas. As folhas são coriáceas ou rígido cartáceas, simples, alternas, obovadas, elípticas ou obovado-lanceoladas, com 6-25cm de comprimento e 2,5-10cm de largura, margens recurvadas ou planas, face superior glabra e verde-escura e inferior pilosa e amarelo-pálida. As flores são amarelo-ferruginosas, hermafroditas e diminutas, dispostas em panículas subterminais. Possuem dois verticilos de tépalas.
Felsemburgh et al. (2016), estudando a fenologia de A. parviflora em um período de 44 meses, observaram botões florais e flores abertas ao longo de todo o ano, porém, com menor intensidade, nos meses de outubro e novembro. Foi observado também frutos verdes e maduros ao longo de todo o período estudado
Aniba rosiodora ocorre no Amazonas, Amapá e Pará (Flora do Brasil, 2017).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-49
Anthurium gracile (Rudge) Lindl. Anthurium gracile (Rudge) Lindl.
Araceae
Antúrio
Ornamentais
Plantae
Epífita , com entrenós entre 0,4-3,5cm de comprimento; catafilos na cor marrom, persistentes e decompostos em fibras com, aproximadamente, 1,2-5,8cm de comprimento. Folha com pecíolo medindo 0,7-7,8cm de comprimento; geniculo com 0,15-0,6cm de comprimento; lâmina foliar levemente cartácea com 2,6-18,2 x 1,1-8,9cm; elíptica; ápice e base agudos com presença de glândulas nas faces abaxial e adaxial; nervuras secundárias de 8-12 pares; nervura coletora 0,15-1,2cm afastada da margem; inflorescência com pedúnculo medindo 1,4-5,8cm de comprimento; espata esverdeada com 0,6-2 x 0,1-0,4cm; margens formando um ângulo agudo na junção com o pedúnculo; espádice creme, amarelado a esverdeado com 0,7-3,3cm; séssil a estipitado; estipe quando presente medindo 0,2cm de comprimento. Infrutescência até 4,8cm de comprimento; fruto alvo, branco-esverdeado, rosado, branco-arroxeado e violáceo (Flora do Brasil, 2017).
Adaptada a temperaturas entre 20 a 28ºC. Não suporta temperaturas muito superiores. A experiência dos colecionadores desta espécie aponta que condições de temperaturas amenas, associadas à pouca incidência de luz (40 a 50%) e alta umidade, formam as condições ideais para o cultivo desta espécie. Também é recomendado o uso de esfagno na base da planta, para manter a umidade.
Espécie nativa, porém não endêmica do Brasil, com ocorrência desde a Guatemala, Costa Rica, Panamá, Guianas, estendendo-se até o Peru (Silva, 2007). No Brasil ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará e Roraima), Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe) e Centro-Oeste (Mato Grosso) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-141
Arachis repens Handro Arachis repens Handro
Fabaceae
Grama-amendoim
Ornamentais
Plantae
Planta herbácea, perene (Fisher; Cruz, 1994), alcançando até 20cm de altura , de crescimento rasteiro, estolonífero e raiz pivotante. Geralmente lançam densas quantidades de estolões ramificados, que se enraízam até 1,5m horizontalmente em todas as direções (Nascimento, 2006). As folhas são alternas, quadrifoliadas e seus folíolos possuem forma elíptica a ovalada, medindo 20-35mm de comprimento por 8-12mm de largura. Os folíolos apresentam a face superior glabra (lisa) e a face inferior com tricomas muito curtos (Saraiva, 2010). As inflorescências são axilares e cobertas pela base das estípulas. As flores são amarelas, com 8-13mm de comprimento e 16-17mm de largura, com asas e quilhas amarelas (Krapovickas; Gregory, 1994).
Em condições de sombreamento ou em determinada fase do crescimento, quando atinge o índice de área foliar crítico, apresenta crescimento mais vertical com maior alongamento do caule e menor densidade de folhas (Lima et al., 2003). Nestas condições, as plantas buscam por mais luminosidade, o que resulta em reduções no tamanho das folhas e espaçamento de entrenós, com vistas a uma maior proteção dos pontos de crescimento, garantindo maior persistência (Nascimento, 2006). Possui flores de cor amarela, sendo esta floração indeterminada (sem resposta ao fotoperíodo), permitindo que as plantas floresçam várias vezes durante o ano. A floração começa três a quatro semanas após a emergência das plantas, mas, inicialmente, pouco férteis. Floração mais intensa ocorre durante o período chuvoso, em resposta ao corte ou à elevação da umidade do solo após o período seco (Cook et al., 1990; Argel; Villarreal, 1998). Apresenta flor papilionácea, que se autopoliniza, (hermafrodita), mas também pode apresentar polinização cruzada, sendo polinizada por diversas espécies de abelhas (Nascimento, 2006).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia), Nordeste (Alagoas, Bahia, Pernambuco), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) (Flora do Brasil, 2017; 2020)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-142
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