nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro - Região Norte, MMA 2022
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
O livro, disponibilizado no formato de lista, apresenta mais de 150 espécies nativas da Região Norte com valor econômico atual ou com potencial e que podem ser usadas de forma sustentável na produção de medicamentos, alimentos, aromas, condimentos, corantes, fibras, forragens como gramas e leguminosas, óleos e ornamentos. Entre os exemplos estão fibras que podem ser usadas em automóveis, corantes naturais para a indústria têxtil e alimentícias e fontes riquíssimas de vitaminas. Produzido pelo Ministério do Meio Ambiente o livro contou com a colaboração e o esforço de 147 renomados especialistas de universidades, instituições de pesquisa, empresas e ONGs do Brasil e do exterior. Por meio da disponibilização dessa obra no formato de lista, os usuários podem realizar filtros diversos, obter os registros das espécies disponíveis na plataforma, além de outras informações. Instituição publicadora: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade. Nome Completo do Responsável: Lidio Coradin, Julcéia Camillo e Ima Célia Guimarães Vieira. – Brasília, DF: MMA, 2022. Licença de uso: Licença de uso público com atribuição sem fins lucrativos (CC-BY-NC) Como citar: CORADIN, Lidio; CAMILLO, Julcéia; VIEIRA, Ima Célia Guimarães (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Norte. Brasília, DF: MMA, 2022. (Série Biodiversidade; 53). 1452p. Disponível em: . Acesso em: dia mês abreviado ano (sem virgula)
URL
https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade/manejo-euso-sustentavel/flora
Data de submissão
2022-08-30
Última atualização
2023-09-28
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Região Norte
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1661896856710

159 Número de táxons

133 Espécies Distintas

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Copaifera guyanensis
Copaifera guyanensis Desf.
Copaíba
 
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Aniba rosiodora
Aniba rosiodora Ducke
Pau-Rosa
 
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Copaifera reticulata
Copaifera reticulata Ducke
Copaíba-Branca
 
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Copaifera reticulata
Copaifera reticulata Ducke
Copaíba-Branca
 
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Dalbergia subcymosa
Dalbergia subcymosa Ducke
 
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Cenostigma tocantinum
Cenostigma tocantinum Ducke
 
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Solanum sessiliflorum
Solanum sessiliflorum Dunal
 
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Oenocarpus balickii
Oenocarpus balickii F.Kahn
Bacaba
 
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Oenocarpus balickii
Oenocarpus balickii F.Kahn
Bacaba
 
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Astrocaryum aculeatum
Astrocaryum aculeatum G.Mey.
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Familia Nome popular Grupo kingdom Descricão taxonômica Importância ecológica Distribuição Fonte das informações
Copaifera guyanensis Desf Copaifera guyanensis Desf. Copaíba
Fabaceae
Copaíba
Medicinais
Plantae
Copaifera guyanensis é árvore com 10 a 30m altura, ritidoma cinza-esbranquiçado a castanho, com estrias longitudinais, superficiais, cerradas. Folhas com 3 a 4 pares de folíolos, pecíolo e raque glabros ou glabrescentes; estípulas interpeciolares caducas. Folíolos opostos, cartáceos ou coriáceos, oblongo-lanceolados ou ovado-lanceolados, retos, simétricos, base arredondada ou raramente cuneada, equilátera, ápice estreito acuminado e apiculado, faces adaxial e abaxial glabras, margens retas; nervura central adaxial impressa, glabra ou glabrescente, abaxial glabra ou glabrescente; venação laxa, conspícua na face adaxial; pontuações translúcidas distribuídas, preferencialmente, de forma homogênea em toda a lâmina, raramente imperceptível; peciólulos glabros ou glabrescentes. Inflorescências com 8 a 18cm de comprimento; bráctea, face abaxial pubescente, e adaxial glabra, tricomas nas margens; bractéolas, abaxial pubescentes, adaxial glabras com tricomas nas margens. Flores sésseis a subsésseis; sépalas externamente pubescentes; anteras de 1,6-2,8×0,8- 1,1mm; gineceu 4,5-6mm comprimento; ovário oblongo-obovado, estipitado, hirsuto na sutura e nervura principal do carpelo, no ápice e na base; estilete glabro de 1,8 a 3mm de comprimento. Frutos oblongo-obovados, elíptico-obovados ou oblongo-oblíquos, comprimidos lateralmente, estipitados, base sub-falcada ou falcada, ápice arredondado ou truncado; semente oblongo-globosa, arilo branco (Martins-da-Silva et al., 2008).
As copaibeiras preferem a luz direta para o seu desenvolvimento vegetativo. Em área de floresta podem alcançar, ou até superar, os 30m de altura em busca de luminosidade, contudo, em áreas de cerrado alcançam menor altura. Os solos onde são encontradas as copaibeiras em geral são areno-argilosos e de terra firme. Em geral, a maioria das copaibeiras estão associadas à tipologia de floresta ombrófila densa. Estudos realizados nas condições do estado do Acre, observou plantas ocorrendo tanto em ambiente predominantemente de floresta aberta quanto em ambiente de floresta densa. Ambientes abertos são mais favoráveis ao desenvolvimento de plantas jovens (Rigamonte-Azevedo, 2004).
C. guyanensis ocorre apenas na Região Norte (Amazonas).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-104
Aniba rosiodora Ducke Aniba rosiodora Ducke Pau-Rosa
Lauraceae
Pau-rosa
Aromáticas
Plantae
Aniba rosiodora é árvore de grande porte, podendo atingir 30m de altura e 2m de diâmetro. O tronco é retilíneo e ramificado no ápice, formando uma copa pequena. Possui casca pardo–amarelada ou pardo-avermelhada, aromática que se desprende em grandes placas. As folhas são coriáceas ou rígido cartáceas, simples, alternas, obovadas, elípticas ou obovado-lanceoladas, com 6-25cm de comprimento e 2,5-10cm de largura, margens recurvadas ou planas, face superior glabra e verde-escura e inferior pilosa e amarelo-pálida. As flores são amarelo-ferruginosas, hermafroditas e diminutas, dispostas em panículas subterminais. Possuem dois verticilos de tépalas.
Felsemburgh et al. (2016), estudando a fenologia de A. parviflora em um período de 44 meses, observaram botões florais e flores abertas ao longo de todo o ano, porém, com menor intensidade, nos meses de outubro e novembro. Foi observado também frutos verdes e maduros ao longo de todo o período estudado
Aniba rosiodora ocorre no Amazonas, Amapá e Pará (Flora do Brasil, 2017).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-49
Copaifera reticulata Ducke Copaifera reticulata Ducke Copaíba-Branca
Fabaceae
Copaíba
Aromáticas
Plantae
Copaifera reticulata é uma árvore de 15-60m de altura e 16-98cm de DAP, podendo apresentar discretas sapopemas, ritidoma estriado, cinza-rosado. Folhas com 4–6 pares de folíolos, pecíolo e raque pubescentes ou glabrescentes, pecíolos 0,6–2,0cm de comprimento, raque 6,0–12,3cm de comprimento. Folíolos alternos ou subopostos, cartáceos, raramente coriáceos, oblongos ou ovadoelípticos, falcados a subfalcados, assimétricos, base obtusa subequilátera, raramente cuneada, ápice acuminado, podendo apresentar apículo, os distais 3,3–6,2×1,1–2,5cm, os proximais 2,0–4,4×1,7–2,7cm e os medianos 2,9–6,1×1,1–2,3cm, faces abaxial e daxial glabras, margens retas; nervura central ambas as faces proeminente, pubescente ou glabrescente; venação laxa (média 9,3 aréolas/mm2), conspícua na face adaxial; pontuações translúcidas geralmente presentes; peciólulos pubescentes ou glabrescentes, 0,2–0,8cm de comprimento.
A floração de C. reticulata ocorre de janeiro a março e a frutificação ocorre de março a outubro (Muniz, 2008). A germinação das sementes de copaíba ocorre em um curto período de tempo e, pelo fato das sementes caírem ao pé da árvore, observa-se uma grande quantidade de plântulas, alguns meses depois da frutificação. As sementes são muito apreciadas por animais (tatu, jabuti, cutia, paca, etc) e a dispersão é do tipo barocórica (atua a força da gravidade), ocorrendo ainda a dispersão por aves, que as levam a grandes distâncias (Rigamonte-Azevedo et al., 2004).
Copaifera reticulata ocorre nas regiões Norte (Amapá, Pará e Roraima) e Centro-Oeste (Mato Grosso)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-52
Copaifera reticulata Ducke Copaifera reticulata Ducke Copaíba-Branca
Fabaceae
Copaíba
Medicinais
Plantae
Copaifera reticulata é árvore de 30 a 40m de altura, podendo apresentar discretas sapopemas, ritidoma estriado, cinza-rosado . Folhas com 4 á 6 pares de folíolos, pecíolo e raque pubescentes ou glabrescentes. Folíolos alternos ou subopostos, cartáceos, raramente coriáceos, oblongo ou ovado-elípticos, falcados a subfalcados, assimétricos, base obtusa, raramente cuneada, ápice acuminado, podendo apresentar apículo, faces abaxial e adaxial glabras, margens retas; nervura central, ambas as faces proeminentes, pubescente ou glabrescente; venação laxa, conspícua na face adaxial; pontuações translúcidas geralmente presentes; peciólulos pubescentes ou glabrescentes. Inflorescências (Figura 2A) com 6 a 15cm de comprimento; bráctea, face adaxial glabrescente e adaxial glabra, tricomas nas margens. Flores subsésseis; sépalas externamente glabrescentes ou glabras; anteras de 1,2-1,6 x 0,6-0,9mm; gineceu 3,9 a 5,8mm de comprimento, ovário oblongo-elíptico, estipitado, hirsuto na sutura e nervura principal do carpelo, ápice e base; estilete 2-3,3mm de comprimento. Frutos obovados , suborbiculares, podendo apresentar-se oblíquos, comprimidos lateralmente, base falcada ou subfalcada, ápice arredondado; semente com arilo amarelo-alaranjado (Martins-da-Silva et al., 2008).
As copaibeiras preferem a luz direta para o seu desenvolvimento vegetativo. Em área de floresta podem alcançar, ou até superar, os 30m de altura em busca de luminosidade, contudo, em áreas de cerrado alcançam menor altura. Os solos onde são encontradas as copaibeiras em geral são areno-argilosos e de terra firme. Em geral, a maioria das copaibeiras estão associadas à tipologia de floresta ombrófila densa. Estudos realizados nas condições do estado do Acre, observou plantas ocorrendo tanto em ambiente predominantemente de floresta aberta quanto em ambiente de floresta densa. Ambientes abertos são mais favoráveis ao desenvolvimento de plantas jovens (Rigamonte-Azevedo, 2004). C. reticulata floresce de janeiroa março, com frutificação de março a agosto. Os frutos são muito apreciados pelos animaissilvestres, seus principais dispersores. . A germinação ocorre em curto período, após a queda dos frutos, sugerindo que as espécies não formam banco de sementes ou plântulas. Analises da distribuição espacial de indivíduos e as classes de tamanho de plantas sugerem uma distribuição agrupada para indivíduos jovens e aleatório em plantas adultas. De modo geral, observa-se que as copaibeiras ocorrem em baixas densidades (0,07 a 2 árvores/ha), com estrutura populacional do tipo J invertido (Rigamonte-Azevedo et al., 2004
Copaifera reticulata possui ocorrência confirmada nas regiões Norte (Amapá, Pará e Roraima) e Centro-Oeste (Mato Grosso)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-103
Dalbergia subcymosa Ducke Dalbergia subcymosa Ducke
Fabaceae
Verônica
Medicinais
Plantae
Dalbergia subcymosa é um arbusto escandente ou liana, com caule medindo de 10 a 30mm de diâmetro, verde-escuro avermelhado, haste herbácea, rasteira, ramosa (Rodrigues, 1989). Folhas com estípulas pilosas, com 11 ou menos folíolos ovalados ou elípticos, ápice agudo ou ligeiramente acuminado, base arredondada, com 3 a 4cm de comprimento e 1 a 1,5cm de largura. Inflorescências racemosas multifloras com cálice campanulado, lacínios denteados, um dentículo maior com 2mm de comprimento, pétalas clavadas com cerca de 6mm de comprimento, 9 estames concrescidos pelos filetes, ovário longamente estipitado, glabro; fruto samaroide, achatado, arredondado, com cerca de 2,5cm de diâmetro, semente reniforme situada perto do bordo (Berg, 2010).
s. A maioria das plantas desta espécie que ocorrem nas restingas também apresentam grande plasticidade fenotípica, o que favorecer a tolerância às condições ambientais estressantes perto do oceano (Ulian et al., 2012).
Dalbergia subcymosa ocorre no Brasil, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela (Tropicos, 2016). No Brasil, tem ocorrência confirmada apenas na região Norte (Amazonas, Amapá e Pará) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-110
Cenostigma tocantinum Ducke. Cenostigma tocantinum Ducke
Fabaceae
Pau-preto
Ornamentais
Plantae
Árvores, de 8 a 35m de altura, com copa densa , tronco torcido ou tortuoso, com ranhuras longitudinais profundas, mais ou menos irregulares, e casca marrom. Galho imaturo marrom cinzento, com nervuras, lenticelas e superfície muitas vezes descascando, tornando-se brilhante e glabro na maturidade. Estípulas lanceoladas, 3 a 5mm de comprimento, tomentosa fina, com cerdas estreladas na margem (Warwick; Lewis, 2009). Folhas paripinadas, com eixo comum (raque + pecíolo) de 8 a 12cm de comprimento. Folíolos em número de seis a dez, cartáceos, brilhantes na face superior, glabros em ambas as faces, de tamanho bastante variável (3 a 10cm de comprimento), sobre pecíolo de 1 a 3mm de comprimento. Inflorescência em racemos terminais, simples, ferrugíneo-pubescentes, de 5 a 8cm de comprimento, com flores amarelas . Fruto legume, deiscente, glabro, contendo 3 a 7 sementes (Lorenzi, 2002).
É uma espécie florestal perenifólia, heliófila ou de luz difusa, seletiva higrófita e secundária. As árvores de Cenostigma tocantinum florescem o ano todo, com maior frequência no período menos chuvoso. As sementes são produzidas em grande quantidade no período seco e, por serem ortodoxas, podem ser armazenadas, permanecendo viáveis com baixo teor de umidade (Silva, 2007; Garcia et al., 2008). Segundo Sousa et al. (2008), quando a espécie é plantada em ambientes com as condições mínimas de estabelecimento e recebe os tratos silviculturais recomendados, a exemplo das podas, a árvore pode expressar melhor sua capacidade de desenvolvimento e oferecer os benefícios que se espera na arborização urbana.
A espécie é endêmica do Brasil, com ocorrência restrita à Região Norte , estados do Pará e Tocantins (Warwick; Lewis, 2009; Flora do Brasil, 2017).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-145
Solanum sessiliflorum Dunal Solanum sessiliflorum Dunal
Solanaceae
Cubiu
Alimentícias
Plantae
Arbusto ereto e ramificado, semiperene (duração de até três anos), com altura variando de 80cm a 2m , sendo as variedades cultivadas sem espinhos. Raiz pivotante pouco profunda e raízes laterais com até 1,4m de comprimento. Caule ramificado, esverdeado, finamente tomentoso nas partes mais jovens. Folhas simples, ovaladas, grandes (30 a 60cm), alternas, pubescentes, margem lobado-dentada e ápice agudo. Flores sésseis, hermafroditas e femininas, reunidas em inflorescências racemosas, 5 a 8 flores, com pétalas variando entre esverdeada até arroxeada, com cálice esverdeado, revestido de indumento lanoso esbranquiçado. Fruto tipo baga, 4 a 7cm de comprimento e 4 a 6cm de diâmetro, revestido com indumento lanoso quando jovem, por vezes preservando o indumento até a maturação, tamanhos e formatos variados, podendo ser redondo, quinado, comprido ou oblongos, pesando de 30 a 400g; a cor pode ser esverdeada, amarela, alaranjada, vermelha, arroxeada até quase preta, com polpa amarelo clara ligeiramente ácida e suculenta, contendo de 500 a 2000 sementes ligeiramente circulares, amareladas e achatadas. Os frutos oblongos têm quatro lóculos, enquanto os redondos podem ter de quatro a seis lóculos. O peso médio de 1000 sementes 1,2g.
O cubiu é uma espécie heliófila que cresce em áreas de terra-firme, em latossolo amarelo ou solo franco arenoso, não suportando solos encharcados. Ocorre em altitudes que variam entre 2 a 1200m, com pluviosidade entre 2000 e 4000mm/ano, bem distribuída. Pahlen (1977) relata a ocorrência de micorrizas nas raízes de cubiu, o que melhora a absorção de nutrientes, em especial do fósforo. A espécie é preferencialmente autógama, sendo polinizada por Eulaema nigrita, e a produção começa 6 a 7 meses após o plantio, podendo estender-se por mais de 15 meses. A maturação é indicada pela mudança de coloração do fruto de verde para amarelo ou outras cores. O fruto é resistente ao transporte e armazenamento, se conservado em geladeira dura mais de 20 dias.
Solanum sessiliflorum é uma espécie nativa, não endêmica do Brasil, ocorrendo também no Peru, Colômbia, Venezuela e Bolívia. No Brasil está restrita à Região Norte onde tem ocorrência confirmada nos estados do Amazonas, Amapá e Pará (Flora do Brasil, 2019), sendo encontrada em estado silvestre, em quintais, roçados e pequenos plantios. Atualmente vem sendo cultivada no Sudeste do Brasil.
Oenocarpus balickii F.Kahn Oenocarpus balickii F.Kahn Bacaba
Arecaceae
Bacabão
Alimentícias
Plantae
Oenocarpus balickii possui caule ereto e colunar, de até 14m de altura e de 6 a 12cm de diâmetro; folhas planas com bainha fechada em até 2/3 de seu comprimento; possui bainha e raque densamente revestidos por tormento ou escamas vermelho-amarronzados, pinas dispostas em grupos de 2 a 5 e bem separadas uma das outras em um mesmo plano; inflorescência do tipo cacho, composta por 45 a 103 ráquilas, com bráctea peduncular e ráquilas revestidas por tormento vermelho-amarronzado; flores unissexuais em tríades, díades e solitárias; frutos elipsoides, de tamanhos variáveis (Lorenzi et al., 2004).
Oenocarpus balickii aparece no Acre, Amazonas e Rondônia
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-26
Oenocarpus balickii F.Kahn Oenocarpus balickii F.Kahn Bacaba
Arecaceae
Bacabeira
Oleaginosas
Plantae
O. balickii apresenta caule solitário ou raramente cespitoso, ereto e colunar com até 14m de altura e 6 a 12cm de diâmetro (Figura 1B); folhas planas com bainha fechada em até 2/3 de seu comprimento, possuindo bainha e raque densamente revestidos por tormento ou escamas vermelho-amarronzados, possuindo de 80 a 180 pinas de cada lado da raque, dispostas muito juntamente em grupos de 2 a 5 e bem separados um do outro, posicionadas em um mesmo plano; inflorescências ramificadas, contendo 45 a 103 ráquilas, com bráctea peduncular e ráquilas revestidas por tormento vermelho-amarronzado e possuindo flores unissexuais em tríades, pares e solitárias; frutos elipsoides, de 1,5 a 1,8cm de comprimento (Lorenzi et al., 2004).
De um modo geral, as bacabeiras, em condições naturais, não formam populações densas, ocorrendo de forma esparsa ou formando pequenos grupos em mata de terra firme ou em capoeira, com as espécies monocaules sendo encontradas na densidade de 1 a 50 plantas adultas por hectare (Cymerys, 2005).
O. balickii aparece no Acre, Amazonas e Rondônia (
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-132
Astrocaryum aculeatum G.Mey. Astrocaryum aculeatum G.Mey.
Arecaceae
Tucumã-do-amazonas
Alimentícias
Plantae
A. aculeatum tem caule monoestipe, ereto com presença ou ausência de espinhos negros, de tamanhos e formas variáveis, 8 a 30m de altura e 12 a 40cm de diâmetro, apresenta de 8 a 24 folhas por planta, sendo pinadas, reduplicadas e ascendentes, de 4 a 5 metros de comprimento e com espinhos em toda a extensão; a folha possui bainha e pecíolo de 1,8 a 3,7m, raque de 1,4 a 6,4m de comprimento e de 73 a 130 pares pinas lineares arranjadas em agrupamentos dispostos em diferentes planos; inflorescência interfoliar, ramificada e ereta contendo 375 a 432 ráquilas distribuídas em pedúnculo de 0,3 a 0,7m de comprimento, sendo coberta por uma bráctea lenhosa, peduncular e espinhosa de 1,4 a 2,2m de comprimento; Os cachos são grandes e contêm centenas de frutos do tipo drupa subglobosa a elipsoide, com epicarpo liso ou quebradiço, duro e de cor variável, peso de 30 a 150g, de 3 a 8cm de comprimento e de 2,5 a 5,6cm de diâmetro; tem mesocarpo carnoso, fibroso a levemente fibroso, oleaginoso e comestível, de coloração indo do amarelo ao vermelho; endocarpo preto, consistente e pétreo, pesando de 20 a 90g (Kahn; Millán, 1992; Henderson; Scariot, 1993; Lorenzi et al., 2004; Barcelar-Lima et al., 2006; Dransfield et al., 2008).
Na região Norte, os tucumãs são importantes fontes de alimentos (Macêdo et al., 2015; Oliveira et al., 2015). Seus frutos têm uso econômico atual com participação crescente no agronegócio dessa região, especialmente nos estados do Amazonas e Pará, onde são comercializados para consumo in natura, da polpa e para a extração de óleo.
A. aculeatum é endêmica do Brasil. No território nacional ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima) e Centro-Oeste (Mato Grosso). Possui grandes concentrações no Amazonas, provável centro de origem e diversidade (Kahn, 2008; Macêdo et al., 2015; Flora do Brasil, 2017).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-3
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