nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro - Região Norte, MMA 2022
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
O livro, disponibilizado no formato de lista, apresenta mais de 150 espécies nativas da Região Norte com valor econômico atual ou com potencial e que podem ser usadas de forma sustentável na produção de medicamentos, alimentos, aromas, condimentos, corantes, fibras, forragens como gramas e leguminosas, óleos e ornamentos. Entre os exemplos estão fibras que podem ser usadas em automóveis, corantes naturais para a indústria têxtil e alimentícias e fontes riquíssimas de vitaminas. Produzido pelo Ministério do Meio Ambiente o livro contou com a colaboração e o esforço de 147 renomados especialistas de universidades, instituições de pesquisa, empresas e ONGs do Brasil e do exterior. Por meio da disponibilização dessa obra no formato de lista, os usuários podem realizar filtros diversos, obter os registros das espécies disponíveis na plataforma, além de outras informações. Instituição publicadora: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade. Nome Completo do Responsável: Lidio Coradin, Julcéia Camillo e Ima Célia Guimarães Vieira. – Brasília, DF: MMA, 2022. Licença de uso: Licença de uso público com atribuição sem fins lucrativos (CC-BY-NC) Como citar: CORADIN, Lidio; CAMILLO, Julcéia; VIEIRA, Ima Célia Guimarães (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Norte. Brasília, DF: MMA, 2022. (Série Biodiversidade; 53). 1452p. Disponível em: . Acesso em: dia mês abreviado ano (sem virgula)
URL
https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade/manejo-euso-sustentavel/flora
Data de submissão
2022-08-30
Última atualização
2023-09-28
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Região Norte
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1661896856710

159 Número de táxons

133 Espécies Distintas

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Heliconia rostrata
Heliconia rostrata Ruiz & Pav.
 
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Heliconia spathocircinata
Heliconia spathocircinata Aristeg.
 
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Lecythis pisonis
Lecythis pisonis Cambess.
Sapucaia
 
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Philodendron deflexum
Philodendron deflexum Poepp. ex Schott
 
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Philodendron fragrantissimum
Philodendron fragrantissimum (Hook.) G.Don
 
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Philodendron ornatum
Philodendron ornatum Schott
Filodendro
 
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Philodendron pedatum
Philodendron pedatum (Hook.) Kunth
 
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Victoria amazonica
Victoria amazonica (Poepp.) J.E.Sowerby
 
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Warszewiczia coccinea
Warszewiczia coccinea (Vahl) Klotzsch
Curacy
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Familia Nome popular Grupo kingdom Descricão taxonômica Importância ecológica Distribuição Fonte das informações
Heliconia rostrata Ruiz & Pav Heliconia rostrata Ruiz & Pav.
Heliconiaceae
Helicônia
Ornamentais
Plantae
Heliconia rostrata é planta perene, de até 4,5m de altura, hábito musoide. Folhas com pecíolo de 19-42cm de comprimento, lâmina com 20-107cm de comprimento e 10-22cm de largura, ovada a estreita–oblonga, base normalmente assimétrica, ápice acuminado. Inflorescência pendente, pubescente; pedúnculo longo; brácteas alaranjadas a vermelhas com as margens amarelas a esverdeadas, dísticas, cimbiformes. Flores pediceladas, não ressupinadas, perianto com 4,2-5cm de comprimento, branco a amarelado em direção ao ápice. Frutos imaturos brancos e maduro de cor azul.
A maioria das espécies de helicônias possui floração durante grande parte do ano, com picos no período de janeiro a julho, nos meses de agosto a maio, como é o caso da H. rostrata. As inflorescências podem superar 1m de comprimento (Castro, 1995; Mosca et al., 2005). Por serem tipicamente tropicais, as helicônias são adequadas para o cultivo a pleno sol ou ate meia sombra e não toleram bem o frio (Castro, 1995; Lorenzi; Souza, 2008).H. rostrata, devido ao seu grande potencial ornamental e por estar incorporada ao comércio mundial de plantas ornamentais, é amplamente cultivada, principalmente nas áreas tropicais do Brasi
Heliconia rostrata ocorre na Guatemala, Honduras, Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil, onde pode ser encontrada nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Rondônia) e Centro-Oeste (Mato Grosso)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-151
Heliconia spathocircinata Aristeg. Heliconia spathocircinata Aristeg.
Heliconiaceae
Helicônia
Ornamentais
Plantae
Heliconia spathocircinata é planta perene, de até 1,5m de altura, hábito musoide. Folhas com pecíolo entre 21-45cm de comprimento; lâmina de 60-72cm de comprimento e 21-22cm de largura, estreita-oblonga, pode ser levemente lacerada, base truncada assimétrica, ápice acuminado. Inflorescência ereta; pedúnculo curto ou longo; brácteas vermelho–alaranjadas com partes esverdeadas, eretas a suberetas, espiraladas, conduplicadas, ápice recurvo, apêndice foliar normalmente presente. Flores pediceladas, não ressupinadas, perianto com 3-3,6cm de comprimento, amarelo. O fruto maduro tem cor azul.
A maioria das espécies de helicônias possui floração durante grande parte do ano, com picos no período de janeiro a julho, a exemplo H. spathocircinata. As inflorescências podem superar 1m de comprimento (Castro, 1995; Mosca et al., 2005). Por serem tipicamente tropicais, as helicônias são adequadas para o cultivo a pleno sol ou ate meia sombra e não toleram bem o frio (Castro, 1995; Lorenzi; Souza, 2008). H. spathocircinata também é encontrada em ambientes naturais, sendo menos comum encontrar esta espécie em condição de cultivo.
Lecythis pisonis Cambess Lecythis pisonis Cambess. Sapucaia
Lecythidaceae
Sapucaia
Ornamentais
Plantae
Árvore medindo entre 20 a 30m de altura (Lorenzi, 2002; Souza et al., 2014). As folhas adultas são coriáceas, glabras, margens onduladas e serrilhadas com pequenos recortes, podem ser cremes, verde-claras ou avermelhadas (Souza et al., 2014), são elípticas, acuminadas, simples, alternas, decíduas e oblongas. As folhas novas são avermelhadas com pecíolos glabros. As flores são delicadas , odoríferas, carnosas e com numerosos estames amarelos, nascem em racemos ou cachos terminais e são andróginas, com 5 pétalas côncavas de cor branco-violácea (Guimarães et al., 1993). Os grãos de pólen apresentam tamanho médio, simetria radial, isopolar, mônades, âmbito circular, forma prolata esferoidal, 3-colporado, exina intectada reticulada (Mori; Prance, 1981; 1990). O fruto é do tipo pixídio, duro, pesado, seco e deiscente, de forma esférica a alongada, possuindo paredes grossas e lenhosas e uma tampa ou opérculo que se abre quando maduro, liberando as sementes, que são grandes, marrons, angulosas, com casca dura estriada e comestíveis (Guimarães et al., 1993; Lorenzi, 2002).
Sapucaia ocorre geralmente na floresta primária densa, mas também pode ser encontrada em formações abertas. Espécie decídua, perde todas as suas folhas entre o final do inverno e o início da primavera, ficando desfolhada por 10 a 15 dias antes da floração, que acontece na Amazônia de julho a janeiro e no resto do Brasil de setembro a novembro, concomitantemente com a emissão das folhas novas (Mori et al., 1980; Mori; Prance, 1990). As flores abrem-se antes das 7h30min. e são polinizadas, principalmente, por abelhas. L. pisonis é uma espécie dependente de Xylocopa frontalis (Olivier) para a produção de frutos (Mori et al., 1980; Mori, 2002). Mori e Orchard (1979), destacam que o pólen da sapucaia é de dois tipos distintos, e estão organizados em dois locais diferentes. A X. frontalis, retira um dos tipos enquanto o outro fica depositado na sua cabeça e nas costas, sendo, posteriormente, transferido para os estigmas das outras flores visitadas. Sua dispersão é realizada por vento, água e animais, princialmenté por macacos (Vallilo, 1998; Mori, 2002).
Lecythis pisonis é nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo nas Regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia), Nordeste (Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-153
Philodendron deflexum Poepp. ex Schott, Philodendron deflexum Poepp. ex Schott
Araceae
Filodendro
Ornamentais
Plantae
Philodendron deflexum é hemiepifita, raramente terrestre, raízes lisas, verde-acizentadas, 1-3 por nó, estendendo-se até o solo. Caule com 1,5-3cm de diâmetro, moderadamente curtos, usualmente trançado em espiral, os internos são marrons e curtos; catafilos com formato de D, em secção transversal com 1-nervado ou 2-nervado, decíduos. Pecíolo circular a mediano, em secção transversal, obtusamente achatado em direção ao ápice, moderadamente esponjoso, conspicuamente inchado e carnoso quando jovem; lâmina cordata-sagitada, 25-50 x até 30cm, cordato na base. Inflorescências solitárias ou até 5 ou 6 por axila, o pedúnculo possui 12-23cm de comprimento; espata com 8,5-15cm de comprimento, verde e roxo-violeta dentro do tubo, a porção pistilar da espádice corresponde à metade da altura total da espádice (Mori et al., 1997).
As plantas do gênero Philodendron precisam de solo com bastante matéria orgânica, úmido e bem drenado. Podem ser cultivadas à sombra ou meia-sombra e, por se tratarem de plantas tropicais, são adequadas à boa parte do clima brasileiro. Podem, ainda, ser cultivadas em ambiente interno, de forma que possam receber luz indireta. São plantas que resistem à insolação eventual, porém em cultivo à meia sombra é que se apresentam mais vistosas (Nuno, 2012). Philodendron deflexum floresce e frutifica, aparentemente, durante o ano inteiro, sendo mais frequente em dossel e menos frequente em áreas menos altas ou em áreas abertas. P. pedatum também floresce e frutifica durante todo o ano. É a espécie mais abundante na maioria das florestas amazônicas (Mori et al., 1997).
Philodendron deflexum está restrita ao norte da América do Sul e centro sul da Amazônia brasileira (Sakuragui, 2001; Funk et al., 2007), com ocorrência confirmada apenas na Região Norte (Acre e Amazonas) (Flora do Brasil, 2018)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-154
Philodendron fragrantissimum (Hook) G. Don Philodendron fragrantissimum (Hook.) G.Don
Araceae
Filodendro
Ornamentais
Plantae
Philodendron fragrantissimum é hemiepífita, acaulescente ou caulescente, ramos prensores-escandentes semelhantes à chicotes, suportando pequenas folhas, de 1-6m de comprimento, seiva de cor laranja a marrom; internos curtos, 1-4cm de diâmetro, usualmente mais fino do que largo, verde escuro, obscurecido pelas fibras dos catáfilos, muitas raízes por nó; catáfilos 2-nervado ou em formato de D, branco verdeado, persistindo como fibra. Folhas expandidas de forma ereta, pecíolos de 22-70cm de comprimento, 4-11mm de diâmetro, com formato de D ou C, largamente sulcado adaxialmente; lâminas ovadas a ovado-triangular, subcoriáceo, moderadamente bicolor, acuminado no ápice, cordado na base. Inflorescências eretas a semi-eretas, duas por axila, pedunculada; espata com 8,5-19cm de comprimento, de cor branca a esverdeada internamente, espádice estipitada de 3-4mm de comprimento. Infrutescência com o estipe da espádice castanho; frutos usualmente vermelhos a roxo-avermelhados, às vezes laranjados (Croat, 1997).
As plantas do gênero Philodendron precisam de solo com bastante matéria orgânica, úmido e bem drenado. Podem ser cultivadas à sombra ou meia-sombra e, por se tratarem de plantas tropicais, são adequadas à boa parte do clima brasileiro. Podem, ainda, ser cultivadas em ambiente interno, de forma que possam receber luz indireta. São plantas que resistem à insolação eventual, porém em cultivo à meia sombra é que se apresentam mais vistosas (Nuno, 2012).
A espécie Philodendron fragrantissimum estende-se desde Belize até o Panamá, ao longo da Costa Caribenha, Colômbia, Venezuela, Guianas, Brasil e Peru (Croat, 1997). No Brasil ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima), Nordeste (Alagoas, Bahia, Pernambuco, Sergipe) e Sudeste (Espírito Santo) (Flora do Brasil, 2018)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-155
Philodendron ornatum Schott Philodendron ornatum Schott Filodendro
Araceae
Filodendro
Ornamentais
Plantae
Philodendron ornatum é erva, hemiepífita, caule verde opaco 4-4,5cm de diâmetro; raízes adventícias novas vináceas com ápice amarelado, tornando-se castanhas, 0,3-0,4cm de diâmetro; catafilo persistente, logo apodrecendo e formando massa fibrosa castanho escuro; profilo creme levemente rosado a verde-rosado tornando-se avermelhado em direção a base com estrias verdes no dorso; pecíolo verde, eventualmente com partes vinosas, presença de verrugas mais claras com pontas esbranquiçadas no ápice, 45-60cm de comprimento, aplanado na superfície superior e arredondado na inferior; bainha foliar verde, raramente verde rosado; lâmina cartácea, ovado-cordada, lúcida em ambos os lados, verde discolor; pedúnculo verde, creme-esverdeado a rosa com estrias brancas, 2,5-3,8cm de comprimento; espata 19cm de comprimento, externamente verde com estrias brancas e internamente creme. Espádice 10-16cm de comprimento; estames 4-6 por flor, 2mm de comprimento; bagas oblongas estreitando-se para a base, 5,5-6mm de comprimento, cremes com várias sementes (Coelho, 2000).
As plantas do gênero Philodendron precisam de solo com bastante matéria orgânica, úmido e bem drenado. Podem ser cultivadas à sombra ou meia-sombra e, por se tratarem de plantas tropicais, são adequadas à boa parte do clima brasileiro. Podem, ainda, ser cultivadas em ambiente interno, de forma que possam receber luz indireta. São plantas que resistem à insolação eventual, porém em cultivo à meia sombra é que se apresentam mais vistosas (Nuno, 2012). Philodendron ornatum é indicadora de estágios primários e estágios sucessionais da vegetação de restinga na Mata Atlântica. Podendo ser encontrada no estágio primário de regeneração de vegetação arbórea de restinga, estado avançado de regeneração de restinga, estágio primário de transição de floresta de restinga, e estágio avançado de regeneração de transição de floresta de restinga (Conama, 2012).
Philodendron ornatum é uma espécie neotropical, ocorrendo no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Porto Rico, Suriname, Trinidad e Venezuela (WCSPF, 2016). No Brasil, ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima), Nordeste (Bahia, Ceará, Pernambuco) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) (Flora do Brasil, 2018)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-156
Philodendron pedatum (Hook.) Kunth Philodendron pedatum (Hook.) Kunth
Araceae
Filodendro
Ornamentais
Plantae
Philodendron pedatum apresenta caule crasso, escandente; pecíolo um tanto cilíndrico, ligeiramente áspero, com mais do dobro do tamanho do limbo; lâmina da folha membranácea, tripartida; espata de 7-9cm, contorcida, tubo um pouco curto, espádice subséssil, crassa, a masculina mais comprida que a feminina; ovário com apenas 2mm de comprimento; estames amarelos e estaminóides róseos, curtos, colocados pouco acima do avario (Mori et al., 1997).
As plantas do gênero Philodendron precisam de solo com bastante matéria orgânica, úmido e bem drenado. Podem ser cultivadas à sombra ou meia-sombra e, por se tratarem de plantas tropicais, são adequadas à boa parte do clima brasileiro. Podem, ainda, ser cultivadas em ambiente interno, de forma que possam receber luz indireta. São plantas que resistem à insolação eventual, porém em cultivo à meia sombra é que se apresentam mais vistosas (Nuno, 2012).
Philodendron pedatum tem registro para o Brasil, Bolívia, Delta Amacuro, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (Funk et al., 2007). No Brasil ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco), Centro-Oeste (Distrito Federal, Mato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-157
Victoria amazonica (Poepp.) J. E. Sowerby Victoria amazonica (Poepp.) J.E.Sowerby
Nymphaeaceae
Vitória-régia
Ornamentais
Plantae
Erva aquática, com folhas grandes sobre a superfície da água, que apresentam adaptações ao meio aquático, com presença de espinhos, tricomas e nervuras na face inferior, impedindo o contato direto do limbo com a água (Rosa-Osman, 2005). Na estrutura interna da folha, estão presentes lacunas de aerênquima e células esclerenquimáticas no mesofilo, proporcionando, flutuação e sustentação da folha, respectivamente. As flores são solitárias (Figura 2A) e axilares, além de apresentarem um pedúnculo muito longo que oscila de acordo com a profundidade e o ciclo hidrológico, podendo medir de 3 a 8m de comprimento (Rosa-Osman et al., 2011), grande e perfumada, mantém-se por, apenas, 24 horas. No primeiro dia a coloração é branca com as pétalas fechadas sobre o estigma, passando a rosa-escuro no segundo dia (Souza; Mazzini, 2004). O fruto desenvolve-se dentro d’água e emerge quando maduro, carnoso, indeiscente, globoso, verde, multicarpelar e revestido por espinhos. As sementes são globosas, com tegumento rígido e coloração castanha (Figura 2B), além de apresentarem arilo, que envolve quase toda a semente, tem consistência mucilaginosa e acumula ar, facilitando a flutuação da semente.
Victoria amazonica é polinizada por besouros. Os estames atuam como um mecanismo para capturar e manter os besouros dentro das flores por cerca de 24 horas. Em seu habitat natural, no primeiro dia as flores abrem entre 17:30 horas e 18:30 horas. A abertura das flores está diretamente relacionada à intensidade da luz (Gessner, 1962), consequentemente, todos os botões que estão prontos, abrirão quase ao mesmo tempo (Prance; Arias, 1975). Quando as flores abrem pela primeira vez, as pétalas são brancas e, ao mesmo tempo, exalam um forte odor de abacaxi, provavelmente um atrativo para os besouros; no segundo dia a flor permanece fechada e com os besouros em seu interior, envoltos por um tecido rico em amido, que lhes fornece alimento. Também durante o segundo dia, aproximadamente dezesseis a dezoito horas após a abertura inicial das flores, as pétalas gradualmente mudam de cor para um vermelho purpura, em função das antocianinas. No segundo dia, no início da noite, sépalas e pétalas abrem-se e os besouros são liberados, as anteras desapareceram com a efetivação da polinização. Pott et al. (2011) relatam que Victoria amazonica, embora se destaque na paisagem inundada do Pantanal, não é muito frequente, sendo observada com mais facilidade durante o período de inundação. A planta é bastante competitiva e tende a dominar outras plantas, expandindo suas folhas de 1-2m de diâmetro e muito resistentes, tomando a superfície da água. Um único indivíduo pode cobrir até 20 m2.
Victoria amazonica é nativa, mas não endêmica do Brasil. Tem ocorrência confirmada nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará) e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso) (Flora do Brasil, 2017) . É originária da região equatorial da Bacia do Rio Amazonas (Prance, 1974) e pode, também, ocorrer no rio Paraguai e no Pantanal (Pott; Pott, 2000).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-158
Warszewiczia coccinea (Vahl) Klotzsch Warszewiczia coccinea (Vahl) Klotzsch Curacy
Rubiaceae
Amor-dobrado
Ornamentais
Plantae
Planta de porte arbustivo ou arbóreo , com casca fissurada; madeira branca. Estípulas interpeciolares, livres ou soldadas na base, estreitamente triangular e caduca. Folhas opostas, pecíolo longo ou curto. Lâmina foliar ovada a ovada, elíptica ou oblonga. Inflorescência terminal, paniculada, com ramos laterais curtos e fasciculados. Flor pentâmera, bissexual, hipanto obovado; cálice em forma de tubo reduzido, lobado, persistente, ovais ou estreitamente triangulados, calicófilos com um lobo por flor presente em 1-2 flores de cada fascículo da inflorescência, vermelho ou vermelho escuro . Corola estritamente campanulada ou amplamente infundibuliforme, coloração amarelo esverdeado a amarelo, tubo externamente glabro ou pubescente, internamente pubescente, lóbulos estreitamente imbricados, ovado ou arredondado, margem inteira e arredondada no ápice; estames além da corola, filamentos presos a boca do tubo da corola, glabra ou pubescente na região basal; anteras em forma de botão ou elípticas, arredondadas no ápice e na base; ovário bilocular, peltado, muitos óvulos por lóculo. Fruto capsular, deiscente, septado no ápice, pouco lenhoso; semente alongada e elíptica (Delprete; Cortés-B, 2006)
A espécie floresce quase o ano todo, com maior intensidade nos meses de julho a setembro, tendo maturação dos frutos a partir de setembro. A dispersão de pólen ocorre por meio de aves e pela ação do vento (Lorenzi, 2002)
Warszewiczia coccinea é nativa, porém não endêmica do Brasil, com ocorrência confirmada nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia), Nordeste (Piauí) e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-159
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