nó brasileiro do GBIF SiBBr
Nome da lista
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro - Região Norte, MMA 2022
Proprietário
sibbr.brasil@gmail.com
Tipo de lista
Lista de caracteres da espécie
Descrição
O livro, disponibilizado no formato de lista, apresenta mais de 150 espécies nativas da Região Norte com valor econômico atual ou com potencial e que podem ser usadas de forma sustentável na produção de medicamentos, alimentos, aromas, condimentos, corantes, fibras, forragens como gramas e leguminosas, óleos e ornamentos. Entre os exemplos estão fibras que podem ser usadas em automóveis, corantes naturais para a indústria têxtil e alimentícias e fontes riquíssimas de vitaminas. Produzido pelo Ministério do Meio Ambiente o livro contou com a colaboração e o esforço de 147 renomados especialistas de universidades, instituições de pesquisa, empresas e ONGs do Brasil e do exterior. Por meio da disponibilização dessa obra no formato de lista, os usuários podem realizar filtros diversos, obter os registros das espécies disponíveis na plataforma, além de outras informações. Instituição publicadora: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade. Nome Completo do Responsável: Lidio Coradin, Julcéia Camillo e Ima Célia Guimarães Vieira. – Brasília, DF: MMA, 2022. Licença de uso: Licença de uso público com atribuição sem fins lucrativos (CC-BY-NC) Como citar: CORADIN, Lidio; CAMILLO, Julcéia; VIEIRA, Ima Célia Guimarães (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Norte. Brasília, DF: MMA, 2022. (Série Biodiversidade; 53). 1452p. Disponível em: . Acesso em: dia mês abreviado ano (sem virgula)
URL
https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade/manejo-euso-sustentavel/flora
Data de submissão
2022-08-30
Última atualização
2023-09-28
É privada
No
Incluído nas páginas de espécies
Yes
Autoritativo
No
Invasora
No
Ameaçado
No
Parte do serviço de dados confidenciais
No
Região
Região Norte
Link para Metadados
http://collectory:8080/collectory/public/show/drt1661896856710

159 Número de táxons

133 Espécies Distintas

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Couma utilis
Couma utilis (Mart.) Müll.Arg.
Sorvarana
 
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Cyperus articulatus
Cyperus articulatus L.
 
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Cyperus giganteus
Cyperus giganteus Vahl
 
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Dalbergia ecastaphyllum
Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub.
 
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Dalbergia monetaria
Dalbergia monetaria L.f.
Verônica
 
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Dalbergia subcymosa
Dalbergia subcymosa Ducke
 
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Desmoncus polyacanthos
Desmoncus polyacanthos Mart.
Jacitara
 
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Dioscorea chondrocarpa
Dioscorea chondrocarpa Griseb.
Cipó-Jacaré
 
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Dioscorea trifida
Dioscorea trifida L.f.
Cará-Roxo
 
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Dipteryx odorata
Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.
Cumaru Ferro
 
Ação Nome Fornecido Nome Científico (correspondente) Imagem Autor (correspondente) Nome Comum (correspondente) Familia Nome popular Grupo kingdom Descricão taxonômica Importância ecológica Distribuição Fonte das informações
Couma utilis (Mart.) Müll. Arg. Couma utilis (Mart.) Müll.Arg. Sorvarana
Apocynaceae
Sorva
Alimentícias
Plantae
Árvore de dossel, medindo entre 4-20m de altura. Ritidoma espesso, levemente rugoso, com abundante látex branco, doce, potável. Folhas simples, disposição oposta-ternadas, lâmina oblongo-obovada, de base aguda e de ápice curtamente acuminado, cartáceas, com 5-10cm de comprimento e 2-4cm de largura. Inflorescência axilar, disposta nas extremidades dos ramos, corimbiforme, com flores hermafroditas, gamopétalas, de cor rosada. Frutos tipo baga, globosos, com pericarpo creme à marrom (Albuquerque, 1973; Falcão; Lleras, 1981; Lorenzi, 1998)
A sorva floresce principalmente no período chuvoso, apresentando geralmente duas safras por ano, uma no início das chuvas e outra no final das chuvas e início da estiagem. A máxima floração ocorre cerca de 15 dias após seu início, mas não há uma sincronia bem definida Capítulo 5 - Alimentícias 251 entre os indivíduos. O período de floração predomina nos meses de maio a junho na Amazônia Central (Lorenzi, 1998; Falcão et al., 2003). As flores abrem-se pela manhã e fecham-se ao anoitecer, permanecendo fechadas na maioria nos dias chuvosos e nublados. Uma vez fecundadas perdem as pétalas. A polinização é realizada principalmente por abelhas dos gêneros Eulaema, Epicharis, Tetrapedia e Xylocopa (Falcão; Lleras, 1981; Falcão et al., 2003). Os frutos amadurecem a partir de setembro (Lorenzi, 1998) e a duração média de frutificação é de 100 dias, porém, não existe uma sincronicidade bem definida (Falcão; Lleras, 1981). Estima-se uma produtividade de 40kg de frutos/árvore/safra ou 15t/ ha, considerando-se uma densidade de 400 plantas/ha. Árvores jovens são mais produtivas que árvores maduras (Falcão et al., 2003).
Couma utilis é uma espécie nativa do Brasil, mas não é endêmica no território brasileiro, sendo encontrada também na Guiana e Colômbia (Falcão; Lleras, 1981). Encontra-se uniformemente distribuída na parte central da Amazônia, ocorrendo nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima (Flora do Brasil, 2018). No Estado do Amazonas, ocorre nos arredores de Manaus e, principalmente, no alto rio Negro; Cucuí; rio Solimões; Coari; Borba, Estrada Humaitá-Labrea e nos rios Purus, Japurá e Iça. No Estado do Pará, ocorre na missão Cururu (Alto Tapajós) e, com mais frequência, nas cidades de Óbidos e Faro.
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-12
Cyperus articulatus L. Cyperus articulatus L.
Cyperaceae
Priprioca
Aromáticas
Plantae
Planta perene, rizoma rígido, com tubérculos cobertos por brácteas avermelhadas, lanceoladas, multinérvias; escapo cilíndrico a trígono, liso, 0,3-2,5m de altura, geralmente septado quando seco. Folha geralmente sem lâmina, bainha 8-25cm comprimento. Inflorescência 2-3 brácteas, eretas, 1-10cm, a inferior sendo continuidade do escapo; raios primários 2-4, até 10cm de comprimento, eretos, raios secundários ausentes, espigas ovoides a sub-umbeladas, 1,5-3cm de comprimento; ráquila com ala hialina, espiguetas 10-30cm, ascendentes, 3,2-3,5mm de comprimento, gluma castanha a ligeiramente avermelhada, com carena esverdeada, mútica ou breve-mucronada, oval 2,8-3mm de comprimento, ápice agudo, 5-7-nervada, estigmas 3, estames 3,aquênio triquetro, castanho, obovóide-oblongo (Rocha, 2008).
Alguns fatores são levados em consideração para o cultivo e produção de priprioca. Os solos argilosos e com elevado teor de matéria orgânica são os mais indicados; as áreas devem ser planas ou levemente inclinadas e apresentar boa drenagem; as melhores condições de crescimento são proporcionadas pelo clima quente, bem ensolarado e com chuvas mais ou menos distribuídas durante o ano, como nas regiões tropicais e subtropicais (Silva et al., 2008). cultivo deve ser conduzido em condições de sol pleno, pois a espécie não tolera sombreamento (Castellani et al., 2011).
Espécie nativa, mas não endêmica do Brasil. Possui ocorrência confirmada nas regiões Norte (Amapá, Amazonas, Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Flora do Brasil, 2017; Matzenauer et al., 2020)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-53
Cyperus giganteus Vahl. Cyperus giganteus Vahl
Cyperaceae
Papiro-brasileiro
Fibrosas
Plantae
Erva aquática, perene, de grande porte, medindo entre 1,5 a 4m de altura, com rizomas longos, formando touceiras. Possuem escapos trígonos, folhas reduzidas à bainhas, sem lâminas. Apresenta numerosas brácteas involucrais (+10), ultrapassando o tamanho da inflorescência, com margens escabras, amareladas. Inflorescência em antelódio formando um aglomerado laxo de espiguetas, dispostas em raios primários e secundários. Espiguetas 5-11x1,8-2,3mm, fusiformes verdes, com numerosas glumas , decíduas, com cerca de 2x2mm, ovadas, ápice subagudo, carena verde com margens hialinas. Seus frutos são do tipo aquênio, com cerca de 1x0,5mm, oblongiformes, trígonos, de superfície pontuada e ápice apiculado (Adams, 1994; Amaral et al., 2008).
Por ser uma planta aquática e palustre, C. giganteus necessita de solo bastante úmido e com abundância de matéria orgânica. Pode ser cultivado em locais com boa luminosidade e a pleno sol. As plantas mostram-se resistentes ao frio (Lorenzi, 2013). Rocha et al. (2015) avaliaram o efeito do fogo sobre uma comunidade monodominante de Cyperus giganteus no Pantanal, onde esta espécie pode dominar extensas áreas inundáveis, formando uma comunidade monodominante chamada localmente de pirizal. Os resultados mostraram que o fogo não afeta a dominância de C. giganteus e, mesmo a espécie não tendo sido favorecida diretamente pelo fogo, se mantém na mesma faixa de cobertura do período anterior ao fogo.
Planta nativa, mas não endêmica do Brasil, com ocorrência no continente Americano, desde o Sul dos Estados Unidos até a Argentina (Amaral et al., 2008). No Brasil, ocorre nas regiões Norte (Amapá, Pará, Rondônia), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) (Flora do Brasil, 2018; Matzenauer et al., 2020).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-79
Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub. Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub.
Fabaceae
Verônica
Medicinais
Plantae
Dalbergia ecastaphyllum é uma trepadeira ou arbusto escandente com 1 a 3m de altura , muito ramificado desde a base. Folhas simples; lâmina foliar de 6-12x4,5-8cm, ovadas ou oblongas, coriáceas, glabras, ápice obtuso à curtamente acuminado, base arredondada a quase cordada, margens inteiras; pecíolo de 5 a 10mm de comprimento; estípulas em forma de furador a lanceoladas, 0,5 a 1cm de comprimento, tardiamente decíduos . Inflorescência axilar ; panículas de 1 a 3cm de comprimento, densamente ferrugíneo-tomentosas; brácteas reduzidas, prematuramente, decídua; cálice em forma de sino, com, aproximadamente, 2,5mm de comprimento, ferrugíneo-tomentoso; corola rosa a branca, comumente arredondada, clavada, com reentrâncias no ápice, alas mais compridas que o padrão. Fruto vagem suborbicular de 2-2,3x1,5-2cm, achatada, cor verde-amarronzada, indeiscente. Semente única com 1,7cm de comprimento, oblonga (Acevedo-Rodriguez, 1996).
Dalbergia ecastaphyllum ocorre em diversos ambientes, o que indica que os indivíduos toleram uma variação de condições ambientais muito ampla. lasticidade fenotípica quanto ao hábito, variando desde subarbusto rastejante até árvores
Dalbergia ecastaphyllum ocorre em Angola, Antigua-Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Brasil, Camarões, Ilhas Caiman, Colombia, Costa Rica, Cuba, Dominica, República Dominicana, Guiana Francesa, Gana, Granada, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Índia, Costa do Marfim, Libéria, Martinica, Ilhas Maurício, México, Montserrat, Nigéria, Panamá, Peru, Porto Rico, Reunião, Senegal, Serra Leoa, São Vicente, Suriname, Togo, Trinidad & Tobago, Estados Unidos e Venezuela (Tropicos, 2016). No Brasil tem ocorrência confirmada nas regiões Norte (Pará e Amapá), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe), Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-108
Dalbergia monetaria L.f. Dalbergia monetaria L.f. Verônica
Fabaceae
Verônica
Medicinais
Plantae
Dalbergia monetaria é uma liana, que forma touceiras de até 30m de extensão. Caule lenhoso, com raízes grampiformes; casca avermelhada, com ritidoma acinzentado. Folhas compostas imparipinadas; folíolos alternos de forma ovada, bordo inteiro, ápice cuspidado e base arredondada. Inflorescência com flores muito pequenas, em panículas axilares. Fruto vagem circular, achatada , de superfície glabra marrom quando maduro.
Schwartz (2007) avaliou a distribuição de plantas de D. monetaria em áreas alteradas no nordeste do Pará e observou baixa frequência e densidade desta liana nos inventários, embora fosse esperado abundância de plantas por ser uma espécie comum em áreas alteradas. A baixa densidade observada seja possivelmente, devido à existência de estratégias de crescimento, que exigem florestas com estrutura mais complexa, o que nem sempre é possível em capoeiras.
Dalbergia monetaria ocorre no Brasil, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, Martinica, México, Panamá, Peru, Porto Rico, São Vicente, Suriname e Venezuela (Tropicos, 2016). No Brasil, tem ocorrência confirmada nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Nordeste (Maranhão) e Centro-Oeste (Mato Grosso) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-109
Dalbergia subcymosa Ducke Dalbergia subcymosa Ducke
Fabaceae
Verônica
Medicinais
Plantae
Dalbergia subcymosa é um arbusto escandente ou liana, com caule medindo de 10 a 30mm de diâmetro, verde-escuro avermelhado, haste herbácea, rasteira, ramosa (Rodrigues, 1989). Folhas com estípulas pilosas, com 11 ou menos folíolos ovalados ou elípticos, ápice agudo ou ligeiramente acuminado, base arredondada, com 3 a 4cm de comprimento e 1 a 1,5cm de largura. Inflorescências racemosas multifloras com cálice campanulado, lacínios denteados, um dentículo maior com 2mm de comprimento, pétalas clavadas com cerca de 6mm de comprimento, 9 estames concrescidos pelos filetes, ovário longamente estipitado, glabro; fruto samaroide, achatado, arredondado, com cerca de 2,5cm de diâmetro, semente reniforme situada perto do bordo (Berg, 2010).
s. A maioria das plantas desta espécie que ocorrem nas restingas também apresentam grande plasticidade fenotípica, o que favorecer a tolerância às condições ambientais estressantes perto do oceano (Ulian et al., 2012).
Dalbergia subcymosa ocorre no Brasil, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela (Tropicos, 2016). No Brasil, tem ocorrência confirmada apenas na região Norte (Amazonas, Amapá e Pará) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-110
Desmoncus polyacanthos Mart. Desmoncus polyacanthos Mart. Jacitara
Arecaceae
Jacitara
Fibrosas
Plantae
Palmeira lianescente. Caule cespitoso, de 1,5-5cm de diâmetro, cilíndrico, delgado, flexível, envolto por bainha fechada e armado de espinhos pretos e marrons, curtos e longos, eretos e recurvados. Folhas pinadas alternadas ou opostas de 5-26 em cada lado da raque, pinas basais 7-8cm de comprimento e 3-4,5cm de largura; medianas 10-12cm de comprimento e 4-5,5cm de largura e apicais 5,5-6cm de comprimento e 1,5-2cm de largura; alongadas, lanceoladas e elípticas, alternadas e opostas, algumas com espinhos na nervura central e limbo com nervações paralelas, feixes fibrosos visíveis quando partida; pinas apicais modificadas em ganchos recurvados para baixo. Pecíolo com 7-10x0,4cm, triangular. Raques com 65-80x0,3cm, pentagonal. Cirrus com 35-40cm e cada gancho com 2,5cm. Espádice infrafoliar e ereta contendo espinhos; Infrutescência em cacho; Fruto drupa subglobosa, oblonga ou ovoide, com 1,5 a 2cm de diâmetro, de coloração vermelha quando madura, curto mucronado no ápice, mesocarpo polposo amarelado; semente ovoide; embrião basal (Lorenzi et al., 2010).
A espécie tem a região Amazônia como centro de maior dispersão, apresentando grande variação quanto à forma das pinas e dos espinhos, os quais estão relacionados à idade, ao habitat, ocorrência de híbridos e à quantidade de luz recebida (Henderson et al., 1995). Importante elemento na recuperação de áreas degradadas, mas pode tornar-se invasora em áreas de cultivo. Predomina em latossolos amarelo ácido. Quando em floresta ou possuindo qualquer suporte para se fixar, os caules são escandentes (trepadores) possuindo crescimento superior a 10m de altura. Contudo, quando em campo aberto a sol pleno apresentam hábito arbustivo atingindo, no máximo, 2m de altura (Lorenzi et al., 2010). A frutificação ocorre durante o verão amazônico (Miranda et al., 2001).
Planta nativa, porém não endêmica do Brasil. Está distribuída no território brasileiro nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) (Leitman, 2018; 2020).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-80
Dioscorea chondrocarpa Griseb. Dioscorea chondrocarpa Griseb. Cipó-Jacaré
Dioscoreaceae
Cará-de-espinho
Alimentícias
Plantae
Planta herbácea perene, trepadeira , que produz rizóforos . Segundo Appezzato-da-Gloria (2015), os rizóforos se diferenciam das demais estruturas subterrâneas por se originarem do espessamento do hipocótilo; por possuírem sistema bipolar de ramificação caulinar; todas as raízes formadas a partir do rizóforos ocorrem, preferencialmente, na região nodal. Os caules são finos, lisos e providos de acúleos. As folhas são simples, pecioladas, de lâmina cordada, cartácea, glabra e brilhante na face adaxial (Kinupp; Lorenzi, 2014). Possui inflorescências axilares, em espigas cilíndricas, com flores de cor creme-amarelada. As infrutescências têm formato de cápsulas elíptico-oblonga, ápice apiculado, base obtusa, pruinosa. Sementes com ala posterior oblonga (Kirizawa et al., 2016). Todavia, nos experimentos desenvolvidos pelo PES (Projetos Estruturas Subterrâneas), do IFAM-CMZL desde 2009, não foram observados frutos e sementes nas espécies do gênero Dioscorea estudadas (Kinupp; Lorenzi, 2014).
De acordo com Silva et al. (2013), o cará-de-espinho não se desenvol - ve quando cultivado em sistema de espaldeiramento a céu aberto . Embora sendo uma espécie he - liófila, observou-se que a parte subterrânea deve ficar em local protegido da incidência direta do sol.
Espécie nativa, não endêmica, apresentando, conforme, ampla distribuição geográfica no Brasil, com ocorrências confirmadas nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba e com possível ocorrência em Pernambuco e Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) eSul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) (Florado Brasil, 2018).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-13
Dioscorea trifida L.f. Dioscorea trifida L.f. Cará-Roxo
Dioscoreaceae
Cará
Alimentícias
Plantae
Planta trepadeira, de caule fino, que se enrola para a esquerda no sentido anti-horário, com duas ou mais alas membranosas, geralmente em maior número na parte inferior do caule. Possui folhas pecioladas, com pecíolos angulosos, de até 15cm de comprimento, alternas, às vezes opostas com três a cinco lobos, forma e tamanhos diversos, até 25cm de comprimento e igual largura, mais ou menos pilosas nas duas faces, lobos de forma acuminados ou oval-agudos . As plantas são unissexuais, com flores masculinas dispostas em racemos, formando uma inflorescência estaminada; as flores femininas formam inflorescências diferenciadas nos ramos, onde surgem dois cachos simples na mesma axila foliar, formando uma inflorescência de coloração esverdeada de 4 a 6mm de diâmetro. Os frutos são capsulares, com três lobos, cada um com duas sementes de, aproximadamente, 2,7cm de comprimento e 1,7cm de diâmetro, orbiculares (Castro, 2011).
: O preparo do solo para o plantio do cará-roxo envolve a limpeza da área por meio de roçagem e capinas. A correção do solo, quando necessária, é efetuada com a aplicação de calcário e adubo orgânico (esterco bovino curtido) ou mineral. Mercado et al. (2015) avaliaram, nas condições da Colômbia, o efeito da irrigação no desenvolvimento e produtividade de Dioscorea trifida e observaram que, no espaçamento de 1x1m, esta espécie apresentou rendimento médio de 30,6t/ha, com teor de amido de 21,3% (em base úmida) e a biomassa da parte aérea foi de 1,1kg/planta. A aplicação de irrigação resultou em aumento na produção de tubérculos de 78,9%
Trata-se de uma espécie nativa do Brasil, porém não endêmica. A espécie está mais amplamente distribuída nas regiões Norte e Centro-Oeste. Tem, portanto, ocorrência confirmada nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Amapá, Rondônia e, possivelmente, Roraima), Nordeste (Maranhão, Paraíba, Pernambuco), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) e Sudeste (Minas Gerais) . A espécie ocorre predominantemente nos domínios fitogeográficos da Amazônia e do Cerrado. Está distribuída basicamente em vegetação do tipo Cerrado (lato sensu) e Floresta de Terra Firme (Flora do Brasil, 2018).
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-14
Dipteryx odorata (Aubl.) Forsyth f. Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Cumaru Ferro
Fabaceae
Cumaru
Aromáticas
Plantae
Árvore de porte elevado, com altura de 20-30m, dotada de copa globulosa. Tronco ereto e cilíndrico, de 50-70cm de diâmetro, com casca pouco espessa, rugosa e descamante em placas irregulares. Folhas alternas, alado-pecioladas, compostas imparipinadas. Folíolos alternos, em número de 7-9, curto-peciolulados, coriáceos, glabros em ambas as faces e brilhantes na face superior, de 10 a 20cm de comprimento e 4-8cm de largura. Inflorescências em panículas terminais ferrugíneo-pubescentes, com flores perfumadas (Lorenzi, 2002). As flores são hermafroditas, aromáticas, pequenas, zigomorfas, com perianto rosado e curtamente pediceladas. O fruto é do tipo legume drupáceo e ovalado, lenhoso, com endocarpo tardiamente deiscente após a decomposição do mesocarpo, medindo de 5cm a 6,5cm de comprimento por 3,5cm de largura, com uma só semente. O fruto possui casca de superfície lisa (mesocarpo), tem cheiro aromático não agradável e é resinosa. Quando a semente está seca e sem o mesocarpo, as duas valvas se separam facilmente com um golpe de martelo. A estrutura da casca é toda especial, cheia de cavidades pequenas, nas quais se encontra uma copal na proporção de aproximadamente 18%
A espécie D. odorata é uma planta perenifólia, ciófita, indiferente quanto às condições de solo, característica e exclusiva da floresta pluvial amazônica. Apresenta frequência elevada, porém um tanto descontínua e irregular ao longo de sua ampla área de ocorrência. Ocorre preferencialmente no interior da mata primária de terra firme. Dipteryx odorata é uma espécie da fase final de sucessão considerada clímax ou clímax exigente em luz. Com relação ao clima, é característica de regime de precipitações com chuvas periódicas, possui deficiência hídrica de pequena a moderada no Amazonas, no Acre, no Pará, em Rondônia e no norte de Mato Grosso. Sua floração ocorre de agosto a outubro, no Pará, de setembro a outubro, no Amazonas e os frutos maduros ocorrem de abril a julho, no Pará. Na Amazônia, essa espécie começa a produção de frutos aos 4 ou 5 anos de idade (Carvalho, 2009)
Espécie nativa, não endêmica do Brasil, distribuída nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima), Nordeste (Maranhão) e Centro-Oeste (Mato Grosso) (Flora do Brasil, 2017)
Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimaráes Viera. Brasília: MMA, 2022. 1454 p ISBN 978-65-88265-16-54
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